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Um governador macho

agripino

Havia um problema com o embarque de nosso abacaxi e a solução estava num navio ancorado no Porto de Cabedelo. O governador João Agripino foi até lá contemporizar com o capitão do navio, mas o capitão, cheio de pose e confiando na sua imunidade marítima, achou por bem esnobar o governador, dizendo que o abacaxi da Paraíba teria que embarcar no Porto de Recife.. João Agripino não quis muita conversa com o cidadão. Chamou seu chefe da Casa Militar e determinou a prisão do comandante. “O senhor está em águas que banham a Paraíba e na Paraíba quem manda sou eu”.

Antes desse episódio, no Governo de Zé Américo, os empresários de transportes coletivos tentaram chantagear o governador para força-lo a concordar com um aumento de passagens. Conversaram, argumentaram e por fim ameaçaram retirar os onibus das ruas.

Zé Américo, que era baixinho e se agigantava nas horas de perigo, convocou os veículos oficiais, chamou os particulares e determinou que transportassem os pessoenses enquanto os onibus e bondes estivessem fora de circulação.

No Governo de Burity aconteceu também. Os empresários de transportes coletivos anunciaram greve geral. João Pessoa ia ficar a pé. Ia, eu disse bem, porque Burity criou o Setusa e deixou os empresários abobalhados, sem poder de reação. Depois, o jeito foi colocar o rabo entre as pernas e retornarem, mansinhos e calados, ao trabalho de transportar o pessoense.

Hoje a Paraíba reviveu um momento parecido. A Petrobras ameaçou descredenciar o Porto de Cabedelo e botar sua gasolina no Porto de Suape. Os paraibanos, norte riograndenses e metade do Ceará passariam a buscar a gasolina e o álcool em Pernambuco, enfrentando engarrafamentos e lonjuras. Claro que a coisa ficaria difícil, a gasolina aumentaria de preço por causa do aumento do frete e o Porto perderia sua principal razão de existir.

O governador Ricardo Coutinho, que é aliado da presidente Dilma e com ela ficou nas horas mais difíceis, telefonou para a chefe da nação e disse que não admitiria tamanha injustiça. Explicou o que era pra explicar, reafirmou sua lealdade a chefe da nação, desmentiu ruídos que davam conta de um rompimento dele com Dilma, mas foi bastante claro: é aliado mas não é submisso; tem compromisso com o povo da Paraíba e só se ajoelha diante de Deus.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Tião Lucena

1 comentário em “Um governador macho”

  1. Bom dia, Vavá da Luz e Irmãos Ingaense.

    Essa reportagem retrata exatamente a atitude que o povo de ingá precisa tomar em outubro deste ano (Eleição Municipal – 2016).

    Já estamos no segundo mandato de Prefeitos de Ingá (último prefeito Lula e o atual prefeito Manoel da Lenha) em que as respectivas gestões foi e está sendo conduzida por um terceiro.

    Com Lula o genro comandou e agora com Manoel da Lenha é o filho que comanda e exerce as ações de Prefeito de nosso Município.

    É por isso que defendo Candidatura Própria do PSB em Ingá e apresentei o meu nome ao partido como Pré-candidato para disputar a Prefeitura de nosso Município nas Eleições Municipais de 2016.

    O Ingá tem que ser administrado, conduzido, comandado pelo seu Prefeito. eleito pelo povo e não por terceiros.

    A Gestão Pública merece respeito e precisa ter o comando daquele que foi eleito para tal fim.

    O INGÁ PRECISA E O POVO MERECE.

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