A merenda escolar é uma conquista para o usuário da rede pública de ensino. Na maioria das escolas públicas deste Brasil, é a única coisa que vale a pena na educação. Pra muitos, é melhor estudar numa escola com boa comida do que com bons e dedicados professores.
Secularmente, a fome de ensino no Brasil é muito menor do que a fome real.
Ontem, o Fantástico da Rede Globo mostrou um raio-x da distribuição das merendas nas escolas públicas do Brasil. Inseriu João Pessoa como mau exemplo. Certamente, chegou à capital paraibana em função do rabo sujo da SP Alimentação, que fornece para prefeitura.
A oposição queria que o Fantástico mostrasse indícios de corrupção entre a prefeitura e a SP. Não achou. Focou na qualidade da comida. Segundo a reportagem, ruim. Assim como não dá pra misturar a denúncia de má qualidade com corrupção, também não dá pra fechar os olhos sobre o tema.
Se a comida é ruim, é preciso que a prefeitura tome providências urgentes para melhorá-la. Não se pode falar em legalidade integral quando o serviço público carece de qualidade.
E qualidade não se consegue com sopa de letrinhas. Mas com fiscalização sobre o material distribuído nas escolas, sejam produtos da SP ou de qualquer outra empresa. A prefeitura paga e tem que exigir bons serviços.
Com base no histórico suspeito da SP, ninguém pode ser punido por extensão. Mas se a empresa é “bichada” deveria ser evitada, assim como evitamos fechar negócio com fornecedores com reclamações em excesso no Procon.
Por outro lado, a oposição não pode misturar os assuntos. Querer fazer de Luciano Agra um gestor corrupto. E colocar caroço no munguza do prefeito. Pra isso, serão necessários outros ingredientes.
Que ainda não fazem parte da receita oposicionista.
Luis torres
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