A poeta Renaly Oliveira está organizando uma vaquinha online para levantar grana a fim de investir na reforma do prédio de um antigo moinho, que a Secretaria de Cultura do Estado disponibilizou para o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Quem quiser contribuir, entra no programa que estamos divulgando pelas redes sociais e deixa sua quantia.
Pegando a deixa, eu deixo aqui essa crônica de segunda-feira, seguindo o roteiro de material publicado pelo cronista Kubitschek Pinheiro no Correio da Paraíba deste sábado, 21 de março. Sou leitor de Kubitschek, um dos melhores da Paraíba na arte de poetizar o cotidiano.
Para a educação, mais comprometimento. Para o cidadão, gentileza e conversa franca. Para o Ponto, boa impressão e casa caiada. Para a luta, mais consciência. Para o luto, mais tranquilidade. Para a glória de sua divindade, mais louvor e superstição.
Para a bobagem monumental de sonhar com ditadura, juízo e inteligência emocional. Para o Ponto, tinta fresca e ideais idem. Para os boçais, indiferença. Para os fracos, Óleo de Peixe de Bacalhau e Calcigenol B12. Para os fortes e babacas, simancol três vezes ao dia.
Para o Ponto de Cultura, casa bonita e cheirosa. Para quem não entende uma vírgula de idealismo, exemplos tipo a própria Renaly. Para o poeta Bob Motta, mais saúde, mais fé e lustre na violinha. Para mim, um copo de vitamina de banana com maçã, pão de centeio e meia dúzia de luas para orbitarem em torno do leão, esse astro ainda desconhecido. Para o gestor midiático, um belo jogo de cena. Para a sua gestão, mais ação coordenada. Para o poeta Vavá, mais luz no seu candeeiro, mais tesão no seu terreiro. Para o Ponto de Cultura, cantigas de bem virá.
Para minha Fifa linda, um abraçaço em tempo real, que ela é mais do que padrão Fifa, é padrão fofa. Para os que falam de mim, ampla ofensiva no rabo. Para o Ponto de Cultura, um novo lar cordelesco. Para as regras preestabelecidas, um maluco inovador. Para a fecundidade, cultura e conhecimento. Para o Ponto de Cultura, batismo de casa nova.
Para uma segunda-feira cansada, louvar a abstinência. Para a ciranda política, diga não à reeleição. Para salvar o patrimônio público, vigia e orai, votai e acompanhai, fiscalizai e denunciai. Para um País cheio de problemas, mais cultura e formação. Para o Ponto de Cultura, casa cheia e cantos gerais. Para o poeta Sander Lee, que a fé remova montanhas. Para aprumar sua vida, tome terramicina, cafiaspirina, estreptomicina e chá de prudência. Para deixar de besteira, tome seu café, acenda seu cigarro e enfrente sua segunda-feira.
Para o Ponto de Cultura, uma vaquinha sadia.