Na visão dos descrentes, o problema da política são os políticos. A máxima fica ainda mais evidente quando da montagem de governos. Uma composição que deveria ter exclusivamente o foco administrativo acaba se perdendo no labirinto das conveniências políticas, resultando, claro, em “maus governos”.
Um ministro, um secretário ou diretor de órgão podem e devem ser frutos de indicação política. Mas ninguém questione que a competência do indicado tem que ser técnica, objetiva, medida em resultados práticos.
É com essa lógica que o governador eleito Ricardo Coutinho parece trabalhar. É com essa lógica que ele está bem perto de montar um governo com um perfil técnico jamais visto nas últimas décadas no governo da Paraíba, mesmo que recorrendo a nomes já testados.
O foco é um só: gestão de resultados. Um desafio premente para Paraíba, especialmente nas áreas de saúde, segurança pública e turismo. A vantagem de Ricardo é que ele criou o ambiente para tal.
Por mais que o próprio já tenha dado provas de quem ajudou a vencer, ajudará a governar, note-se que, diferente da discussão nacional, onde partidos como o PMDB empurram a faca na barriga de Dilma, na Paraíba não se vê ameaças.
Sua postura política e, agora, seu respaldo popular, o distanciaram dos compromissos que pudessem engessar a nova gestão. Com Ricardo, nenhum partido, nenhuma liderança política, nem mesmo os amigos tem cargos definidos e obrigatórios.
Tá todo mundo calado, achando tudo lindo e maravilhoso. Agem na base do “que vier é lucro”.
Porque ao mesmo tempo em que Ricardo Coutinho deu provas que saberá ser leal com os aliados, também demonstrou que não aceita incompetência embrulhada com papel de indicação política.
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