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A VELHICE ME TRÁS RECORDAÇÕES ( Prof. Marcos Bacalháo )

 Como é curta a mocidade                Quase todos quando jovens

Que como o fumo se esvai               Alguma beleza tem
Ficando apenas saudades                Com o tempo tudo muda
Pois ela não volta mais.                    Este não poupa ninguém
 
Vem á velhice enfadonha                Só temos uma saída
Que arrasa todos nós                       É da alma nos cuidar
Caem dentes e cabelos                     Ela nos é imortal
Perde-se o timbre da voz.                E o espírito viverá
 
Nossas faces desfiguram                  Tomamos uma nova forma
E nosso olhar se apaga                    Nosso rosto brilhará
Nossa pele se enruga                                    Se alcançarmos a graça
E a beleza se acaba.                         De podermos nos salvar.
 
As pernas desequilibram                 É a nossa única esperança  
E a barriga nos cresse                      Tornarmos belo um dia
As mãos ficam pregueadas              De alma pura sem mácula
Tudo de feio aparece.                      Frente a Jesus e Maria!
 
A velhice não dá trela
Cada dia aumenta mais
Enquanto não nos sucumbe                                               Ingá, janeiro de 2015
Só defeito ela nos traz.
 
Às vezes até no espelho
Não queremos ver o rosto
Pois tanta feiura temos
Que até nos causa desgosto.
 
Quando se vai para a cova,
Já não se leva beleza
Tudo está desfigurado
Pela própria natureza.
 
Precisamos ter controle
Pra suportar a velhice
Pois, com tanta diferença
Suportar é difícil.