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VAVA DA LUZ ASSUMIRÁ NO DIA 24 DO CORRENTE A CADEIRA NUMERO 5 DA ACADEMIA PARAIBANA DE LITERATURA DE CORDEL NO LUGAR DE OUTRO INGAENSE

 

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Convidado pelo grande poeta, cordelista, jornalista, escritor, compositor , blogueiro, radialista e o escambau, Fabio Mozart, o editor assumirá a cadeira numero 5 da Academia Paraibana de Literatura de Cordel, na vaga de um outro Ingaense, João MartiNs de Ataíde (veja Biografia)

Walter Mario Gois da Luz, conhecido Ingacionalmente como Vava da Luz, nasceu em Mogeiro no dia 29 de novembro de 1948, e ainda não morreu, entretanto seu cordão umbilical foi cortado no Ingá, onde criou-se, e adulterou-se Inté os dias de hoje daí considerar-se um Ingageiro.

De família de poetas, sempre gostou de externar nos versos seus sentimentos como :

A injustiça não me medra

Se algozes me crucificam

É que só se atiram pedras

Em árvores que frutificam

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BIOGRAFIA DE JOÃO MARTINS DE ATAÍDE

 

João asceu em Cachoeira de Cebolas, povoado de Ingá do Bacamarte, Paraíba, segundo ele próprio em 23 de junho de 1880. Devido à seca de 1898, migrou para Pernambuco, radicando-se no Recife. Faleceu em Limoeiro (PE), em 1959.

Publicou o seu primeiro folheto em 1908, impresso naTipografia Moderna: Um preto e um branco apurando qualidades. Embora seja da primeira geração dos poetas de cordel, não pertenceu ao grupo que freqüentava a Popular Editora, de Francisco das Chagas Batista.

Importância reconhecida

Sua admiração por Leandro Gomes de Barros não era correspondida. Ao contrário: por duas vezes foi destratado (na resposta ao folheto Discussão de Leandro Gomes de Barros com João Athayde e na contestação que recebeu o seu poema O marco do meio mundo). Para Ruth Terra, as respostas de Leandro, apesar de serem contraditas, revelam o seu reconhecimento da importância de Athayde. Em 1918, Athayde escreveu A pranteada morte do grande poeta Leandro Gomes de Barros.
 
Em 1921, adquiriu os direitos de publicação de toda a obra de Leandro e iniciou a re-publicação, inicialmente, se indicando como editor e, posteriormente, retirando a informação da autoria de Leandro.

A identificação dos folhetos acima referidos e outros, publicados antes de 1921, registra a criação poética de Athayde, não havendo dúvidas de que, além de editor, ele foi, efetivamente, um poeta da literatura popular.

Profundas mudanças

Além de Leandro, vários poetas foram editados por Athayde. É com ele que se realizam profundas mudanças: a) na relação entre os poetas e o proprietário da gráfica; b) naapresentação gráfica dos folhetos. Ele fez surgir os contratos de edição com o pagamento de direitos de propriedade intelectual, o uso de subtítulos e preâmbulos em prosa e a sujeição da criação poética ao espaço disponível, fixando-se o padrão dos folhetos pelo número de páginas em múltiplos de quatro.

João Martins de Athayde, no ano de 1949, após haver passado por um acidente vascular cerebral, se afastou da atividade de editor, vendeu a sua tipografia para José Bernardo da Silva, repassando-lhe os estoques e os direitos de edição sobre tudo o que publicou.

Texto em formato PDF, 28Kb, 2 páginas.

Referências

▪ ATAÍDE, João Martins de. João Martins de Athayde: introdução e seleção de Mário Souto Maior. São Paulo: Hedra, 2000, 209p.

▪ ______.O trovador do Nordeste: introdução e notas de Waldemar Valente. Recife: s.e., s.d., 321p.

▪ BENJAMIN, Roberto. Folkcomunicação na sociedade contemporânea. Porto Alegre: Comissão Gaúcha de Folclore, 2004, 153p. il.

▪ TERRA, Ruth Brito Lemos. Memória de lutas: a literatura de folhetos do Nordeste (1893-1930). São Paulo: Global, 1983. 190p. il.

▪ ______. O lugar do poeta/editor João Martins de Ataíde. Recife: Fundação Joaquim Nabuco – Centro de Estudos Folclóricos, 1986. 7p. (Folclore, 169/170).

▪ VALENTE, Waldemar. João Martins de Ataíde: um depoimento. Recife, Revista pernambucana de Folclore, mai.-ago. 1976.

▪ VILA NOVA, Sebastião. João Martins de Ataíde: artista popular e enpresário urbano. Recife: Fundação Joaquim Nabuco – Centro de Estudos Folclóricos, 1985. 4p (Folclore, 162).

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