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INTEGRANTES DO PROJETO SOCIAL “DOADORES DE SORRISO” CONTINUAM COM O FIRME PROPÓSITO DE DOAR SORRISOS SALVANDO VIDAS (leia Matéria)

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MEDULA

 Esses são, Anita Camilly Oliveira Cruz ( 7 anos, residente em Boqueirão-PB), Joao Pedro Borges Matias (4 anos, residente no Sítio Gameleira, Ingá – PB) e Maria Klara Souza Silva (4 anos, residente em Pedra Lavrada – PB) que necessita com URGENCIA de um TRANSPLANTE de MEDULA ÓSSEA e TRANSFUSÃO SANGUINEA (PLAQUETAS). As pequenas, Anita Camilly e a Maria Klara, vêm lutando contra um tipo de Leucemia a LMA (Leucemia Mielóide Aguda). Já o João Pedro foi diagnosticado com uma doença rara, a Síndrome de Chediak-Higashi.

Entenda um pouco sobre cada patologia

 A Leucemia Mielóide Aguda – LMA – é o resultado de uma alteração genética adquirida (não herdada) no DNA de células mieloides (subtipo de glóbulos brancos) em desenvolvimento na medula óssea. As pessoas com esse tipo de câncer têm células anormais dentro da medula e essas células crescem muito rapidamente e substituem as células sanguíneas saudáveis. A medula óssea, que ajuda o corpo a combater infecções, para de funcionar corretamente, fazendo com que o paciente se torne mais propenso a infecções e têm maior risco de hemorragia à medida que o número de células saudáveis diminui.

 

 A Síndrome de Chediak-Higashi é caracterizada por graus variados de albinismo oculocutâneo, infecções recorrentes, alterações de coagulação e envolvimento neurológico variado.  Popularmente conhecida por Síndrome do Cabelo Prateado, é uma condição que afeta vários sistemas do corpo, principalmente o sistema imune. Essa doença afeta as células do sistema imunológico, levando-as a uma incapacidade de lutar contra invasores, como vírus e bactérias. Como resultado, muitas pessoas com Síndrome Chediak-Higashi têm infecções repetidas e persistentes começando na infância. Estas infecções são graves e poucos pacientes chegam à vida adulta. O tratamento é o transplante de medula óssea, que corrige os defeitos imunológicos e hematológicos.  

 

 

Por que fazer um Transplante de Medula Óssea?

 O transplante de medula óssea, ou transplante de células estaminais, envolve a colheita de células estaminais saudáveis para reabastecer a medula óssea do paciente. As novas células estaminais assumem a produção das células sanguíneas.      

 Os transplantes de células estaminais são muitas vezes necessários para tratar condições que danificaram a medula óssea, e como resultado, já não produzem células sanguíneas normais. Qualquer interrupção na produção de células sanguíneas pode ser muito grave, particularmente se o paciente não tiver quantidades suficientes de glóbulos vermelhos, de glóbulos brancos ou de plaquetas.

 

Como se tornar um doador de Medula Óssea

 

 Para integrar o cadastro de doadores, é necessário:

 

  • Ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas;
  • Apresentar documento oficial de identidade, com foto;
  • Preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento;
  • Colher uma amostra de sangue com 5ml para testes, para fazer o exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

 

 Assim, todos os hemocentros públicos brasileiros, atuarão apenas na orientação junto aos candidatos sobre os procedimentos para a doação de medula e na coleta das amostras, encaminhando-as aos laboratórios aptos a realizarem esses exames de alta especificidade técnica, cadastrados no Ministério da Saúde. A partir desse momento, os hemocentros não têm mais participação ativa, não recebem os resultados dos exames de Histocompatibilidade (HLA) para determinação do “perfil genético” e não têm acesso ao Cadastro Nacional de Doadores de Medula (Redome). Constantemente, há um cruzamento de dados entre o resultado de HLA do doador cadastrado no Redome e o do paciente, informação que fica armazenada no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). O candidato não receberá o resultado do HLA, pois este tipo de teste somente é importante para verificar a compatibilidade do transplante. Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é convocado para exames complementares e para realizar a doação propriamente dita.

 

Coleta

 

 Há duas formas básicas para coleta da medula de um doador:

 

  • Punções no osso da bacia – por meio de agulhas especiais, sob efeito de anestesia.
  • Aférese – procedimento de coleta por via periférica, que se assemelha a uma doação de sangue. Não requer internação nem anestesia.

 

 A escolha sobre o tipo de coleta não é uma decisão do doador ou do paciente, mas sim uma indicação médica, de acordo com o tipo de patologia ou diagnóstico do paciente.

 

Transplante

 

 O paciente é tratado com quimioterapia, que destrói sua própria medula, e recebe a medula óssea doada por meio de transfusão. Em duas semanas, a medula óssea transplantada já estará produzindo células novas.                   

 Para os doadores, os riscos são inexistentes. Apenas 10% da medula óssea são retirados e, dentro de poucas semanas, a medula doada será recomposta pelo organismo.

 

NÃO CONFUNDIR

 

Medula óssea: popularmente conhecida como “tutano”, é constituída por tecido líquido-gelatinoso, ocupando a cavidade dos ossos.

 

Medula espinhal: formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral, cuja função é transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

 

O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue e do sistema imune.

 

    Monike Gonçalves
  Voluntária do Projeto Social Doadores de Sorrisos

Contato: (83) 9163 4500
               (83) 9617 5982