DINÂMICA DA POLÍTICA DA PARAÍBA(Edmilson Pereira da Silva))

Gostei do texto do Edmilson Pereira da Silva, extraí do face e estou republicando :.Em 2004 Ricardo Coutinho, então deputado estadual, deixa o PT, se filia ao PSB e se alia a Zé Maranhão tornando-se prefeito de João Pessoa, sendo reeleito em 2008.
Em 2010 Ricardo se alia a Cássio, principal adversário de Maranhão de quem Ricardo era aliado até 2010, quando Zé era governador e Ricardo ainda prefeito de João Pessoa. Cássio, afastado do governo se junta a Ricardo e ambos derrotam Zé Maranhão.
Em 2012, Ricardo Coutinho, no governo escolhe Estela Bezerra para disputar a prefeitura de João Pessoa contra o PT de Luciano e Lucélio Cartaxo, o PSDB de Cícero Lucena/Cássio e o PMDB de Maranhão/Vital. Cartaxo venceu, Ricardo e Cássio perderam.
Agora em 2014, Ricardo concorre à reeleição, tendo no primeiro, como adversário direto aquele que foi seu principal aliado em 2010, e ainda, Vital Filho/Maranhão (“a verdadeira oposição”).
Vem o segundo turno, e “movidos pelos mais elevados interesses republicanos do Estado”, “a verdadeira oposição” liderada por (Vital/Maranhão) se une novamente, assim como aconteceu em 2002, 2004, 2006 e 2008, nas disputas pelo governo do Estado e prefeituras de João Pessoa e Campina Grande.
Também “unidos pelos interesses maiores do povo paraibano” , estão juntos e misturados, o governador Ricardo Coutinho e os irmãos Luciano/Lucélio, que foram adversários na disputa pela prefeitura de João Pessoa em 2012, vencida pelo atual prefeito Luciano Cartaxo.
Resumo da ópera: Aqui na Paraíba, me reporto apenas aos últimos 10 anos, todos os atores da arena política estadual já foram aliados e adversários, dependendo apenas dos objetivos e conveniências de cada um e do momento político.
Um cidadão normal tem dificuldade de compreender, de aceitar, fica confuso, muitos reagem indignados, questionam a ética, a moral. Mas, isso tudo só é possível na política porque os seus protagonistas passam por cima de todos os princípios éticos, morais, a lógica comum e fazem todos os tipos de acordos, sem o testemunho dos eleitores objetivando a conquista do Poder.
Fica bastante evidente, para quem não é do ramo, ser missão impossível separar o joio do trigo, falar de coerência , de ética ou até mesmo apontar entre os principais atores da política paraibana, nesses últimos 10 anos, quem não traiu ou não foi traído, por quem numa relação normal poderia ter-se como aliado.
O pior de tudo isso é que na busca dos seus interesses pessoais, de grupos e até familiares eles se juntam, se separam, se juntam novamente, usando o povo como massa de manobra.
Isso dito, não vale a pena brigar, perder amizades por conta da disputa política, de quem só tem a ganhar, incluindo, poder, altos salários, mordomias, entre outros, e nós (eleitores) só a perder.
Minhas desculpas àqueles que não concordam, mas é assim, na minha modesta opinião que analiso o quadro da política paraibana.