Insistindo em fazer ouvido de mercador, o Ministério Público está diante de um dilema. Nunca na Paraíba um candidato a governador usou de forma tão acintosa a máquina pública e os crimes de conduta vedada se acumulam sem que nenhuma medida por parte do Ministério Público Eleitoral se efetive.
Hoje numa entrevista A Heron Cid, no Correio Debate, o procurador Rodolfo Alves foi instigado pelo repórter Albemar Santos a revelar se esses abusos estão chegando aos ouvidos dos promotores.
Fiquei aliviado por uma parte quando Rodolfo disse que sim, que estão apurando denúncias de servidores que são obrigados a trabalhar na campanha e também sobre exonerações por perseguição política.
Não vou aqui rasga a seda para o MPE só porque um promotor admitiu que há investigações em curso.
A sociedade assiste estarrecida uma sequência de denúncias de superfaturamento, incentivos fiscais em troca de ajudas financeiras pra campanha.
São práticas execráveis como as que o governador Ricardo Coutinho está sendo acusado pela oposição que melam a regra da reeleição.
O MPE tem que agir e agir rápido e dentro do pleito estancar essa verdadeira sangria dos cofres públicos sendo carreados para adubar a campanha socialista,
Depois é depois. Se o MPE quiser se redimir da imagem de que estaria fazendo corpo mole, que faça agora.
Até quando o MPE aceitará o crime eleitoral das “visitas qualificadas”?
Decio Alcantara