O senador e candidato a governador Cássio Cunha Lima (PSDB) discordou, nesta segunda-feira (21), da opinião do juiz eleitoral Márlon Reis, um dos idealizadores da lei do Ficha Limpa, que na semana passada disse, em visita a Paraíba, entender que o prazo de contagem para inelegibilidade dos candidatos deve ser feito a partir do segundo turno das eleições.
A opinião do magistrado contraria a tese defendida pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e seus assessores jurídicos de que a inelegibilidade do senador, cassado do cargo de governador em 2007, acaba em 1º de outubro, já que as eleições gerais de 2006, quando Cássio foi reeleito, aconteceu nesta data. Este ano, as eleições serão realizadas em 05 de outubro e o segundo turno no dia 26.
Em 2006, o segundo turno foi realizado no dia 29 de outubro. Assim, a pena de inelegibilidade de oito anos de Cássio, imposta pela Lei do Ficha Limpa, ainda não teria expirado nas eleições deste ano.
Em entrevista ao programa Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM, na manhã de hoje, o candidato tucano afirmou que não teria entrado na disputa pelo Governo da Paraíba caso corresse o risco de ser declarado inelegível.
“Eu não entraria numa aventura. Não me candidataria se achasse que correria esse risco. Sou elegível e já cumpri minha pena, que foi de inelegibilidade por três anos. Ainda que se aplicasse os oito anos, eles estariam cumpridos no dia 1º de outubro. Além do mais, a Justiça anulou o segundo turno de 2006 e foi por isso que José Maranhão pôde assumir”, afirmou.
Cássio também lamentou a declaração do juiz, que, segundo ele, agiu como militante político.
“Eu aprendi, como advogado, que juiz só fala nos autos. A opinião dele é de um militante político”, disse.
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