Como é curta a mocidade Quando se vai para a cova,
Que como o fumo se esvai, Já não se leva beleza
Ficando apenas saudades Tudo está desfigurado
Pois ela, não volta mais. Pela própria natureza.
Vem a velhice enfadonha, Precisamos ter controle
Que arrasa todos nós Para suportar a velhice,
Caem dentes e cabelos, Pois, com tanta diferença
Perde-se o timbre da voz. Suportá-la é que é difícil!
Nossas faces desfiguram Quase todos quando jovens
E nosso olhar se apaga, Alguma beleza tem,
Nossa pele se enruga Com o tempo tudo muda
E a beleza se acaba. Este não poupa ninguém.
As pernas desequilibram Só temos uma saída:
E a barriga nos cresce É da alma nos cuidar,
As mãos ficam pregueadas Ela nos é imortal
Tudo de feio aparece. E o espírito viverá.
A velhice não dá trela Tomamos uma nova forma
Cada dia aumenta mais, Nosso rosto brilhará,
Enquanto não nos sucumbe Se alcançarmos a graça
Só defeito ela nos traz. De podermos nos salvar!
Às vezes até no espelho É nossa única esperança,
Não queremos ver o rosto, Tornarmos belo um dia
Pois tanta feiúra temos De alma pura e sem mácula
Que até nos causa desgosto. Diante de Jesus e Maria”!