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TRISTEZA :Médico da ‘máfia das cirurgias’ do SUS é transferido para o Serrotão

Depois de se apresentar ao 2° Batalhão de Polícia Militar (2°BPM) em Campina Grande na noite da última segunda-feira, o médico Godofredo Nascimento Borborema, acusado de envolvimento na ‘máfia das cirurgias’, prestou depoimento na manhã de ontem, na Central de Polícia, e afirmou à imprensa que era inocente, mas só daria detalhes de sua versão sobre as denúncias em juízo.
Durante o depoimento, o delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, Jean Francisco, cumpriu mais um mandado de prisão expedido pela Vara de Execuções Penais do município e, no fim da tarde de ontem, o médico foi encaminhado para o Complexo do Serrotão.
Segundo o delegado, o mandado expedido pelo juiz Fernando Brasilino Leite, da  Vara de Execuções Penais, é referente à condenação pelo crime de concussão de dois anos de reclusão, cuja pena o profissional cumpria prestando serviços à comunidade. Ele deve continuar na unidade prisional até que a decisão judicial seja revogada. “Como ele parou de se apresentar para prestar os serviços, o juiz entendeu expedir também esse mandado de prisão e pediu o recolhimento dele no presídio, para cumprir a pena como preso condenado. E é isso que estamos cumprindo, a decisão judicial”, explicou Jean Francisco. Antes de ir para o Serrotão, Godofredo Borborema passou por um exame corpo de delito e foi levado pelas equipes do GOE.
O outro mandado de prisão temporário havia sido cumprido quando Godofredo se apresentou na noite de segunda-feira. Além dele, o despachante José Ismar de Lima, 36 anos, que também é suspeito de fazer parte do suposto esquema e era o responsável pelo escritório Tora DPVAT no Hospital Pedro I, está detido na carceragem da Central de Polícia temporariamente. Para ajudar nas investigações, Jean Francisco disse que a polícia também pode pedir a prorrogação da prisão temporária por mais cinco dias.
Ainda continuam foragidos da ‘Operação Hipócrates’, deflagrada na última segunda-feira, a técnica de enfermagem Maria José Jordão, 32 anos; a atendente do Hospital Pedro I, Eliana Dantas; e o motorista do médico, José de Anchieta Pessoa de Oliveira, 50 anos; José Ismar foi preso na manhã da última segunda-feira durante a ação policial desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Em depoimento à Polícia Civil, José Ismar não incriminou diretamente os outros suspeitos, “mas toda a documentação apreendida durante a operação compromete o restante do grupo. Precisamos agora que as vítimas desse esquema denunciem através do 197”, afirmou Jean.

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