As sessões tem sido marcadas por discussões, gozações e até ataques
A tramitação das contas referentes ao execício 2011 do governador Ricardo Coutinho (PSB), na Assembleia Legislativa da Paraíba, tem deixado o clima, cada vez mais, tenso entre os deputados de oposição e os poucos que restaram na base aliada. As sessões tem sido marcadas por discussões, gozações e até ataques entre os deputados.
Nesta quarta-feira (2), os conflitos começaram ainda na reunião da Comissão de Orçamento, quando o presidente da Comissão, Raniery Paulino (PMDB) e o líder do Governo, Hervázio Bezerra (PSB), iniciaram uma discussão, que terminou em gozação de um com o outro. Ranieri se dirigiu a Hervázio explicando como estava acontecendo a votação e carregou nas últimas silabas das palavras, como se explica coisas a uma criança. Hervázio respondeu na mesma moeda.
Já na sessão ordinária, o líder do governo voltou a bater boca, desta vez com o deputado Trocolli Júnior (PMDB), que assumiu a presidência logo depois que Hervázio deixou a tribuna e pediu ao setor de atas que retirasse dos anais algumas palavras proferidas pelo socialista, que o presidente em exercício achou inadequada.
Hervázio disse que a decisão da comissão de adiar a votação das contas e convocar audiência pública era “mesquinha” e “burra”. Trocolli rebateu as deflações. “Se tiver mesquinho e burro em algum Poder na Paraíba, não é na Assembleia, deve ser em outro Poder”.
Outros deputados que proferitam ataques entre si, foram Frei Anastácio (PT) e Tião Gomes (PSL). Tião disse que o petisca também foi relator das contas do ex-governador José Maranhão (PMDB) e votou pelaaprovação, mesmo existindo questionamentos sobre e não poderia ter dois pesos e duas medidas.
Frei Anastácio rebateu dizendo que as declarações de Tião não tinham credibilidade por que o deputado sempre está ao lado do governo de plantão. “O deputado Tião Gomes sempre dá um jeitinho de ficar com o governo, onde tem Poder ele fica lá se balançando”, disse o petista.
Tião não gostou da declaração e lembrou que rompeu com Cássio quando o tucano era governo. “Queria dizer ao Frei Anastácio, que eu não me abaixo para governo, nem pra ninguém, agora parece que quem gosta de se abaixar e ele”, declarou de forma enigmática.
Tião também voltou sua ira para o presidente Ricardo Marcelo, a quem acusou de sempre ter trabalhado contra o governo. “Ele (Ricardo Marcelo) sempre trabalhou para desestabilizar o governo, mas é covarde e sempre fica em cima do muro”, disse.
Marcos Wéric
WSCOM Online