No leito do hospital, ainda sobe efeito da anestesia, sonolento, sinto-me acordado com alguns puxões no dedão do Pé. Sob as pálpebras pesadas consigo vislumbrar a silhueta do velho e estimado amigo Dr. Pedro Macedo Marinho que iria viajar e antes resolveu fazer-me uma visita.
O impacto da alegria superou os efeitos pós- operatórios e nos desmanchamos em conversas de assuntos diversos. Era tamanha minha felicidade que esqueci de perguntar-lhe algumas coisas tais como tinha conseguido entrar ali se o horário era extremamente IMPROPRIO á visitação.
Já na despedida ouse perguntar : E aí rapaz! Como conseguistes entrar em horário não permitido ?
Marinho respondeu: Rapaz, eu cheguei pra Assistente Social, identifiquei-me com JORNALISTA e ela nada. Dei meia volta aí mostrei-lhe minha carteira de ADVOGADO e patati e patata e nada, falei então que era musico, compositor, escritor e aí foi que coisa piorou.
Foi então que o matreiro policial Marinho fez uso de sua velha e aposentada carteira de Delegado Federal, engrossou a voz, e sussurrou no ouvido a Assistente Social exibindo o distintivo Federal : A VERDADE MESMO É QUE EU PRECISO INVESTIGAR ESTE SEU PACIENTE.
Abra, Cadabra ! abriram-se os portões com direito a cicerone.
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Moral da Historia : Para se irrigar uma boa e velha amizade, se preciso, abusamos de nossa autoridade.