“ O amor só encontra o seu significado no momento da separação”
Na vida real, o capítulo mais complexo e será sempre é a dor da separação,sendo também o mais delicado, o mais doloroso. Realmente, aprender a amar começa, inevitavelmente, com separações. No erro e no fracasso de uma relação, temos a idéia do que fazer para acertar na próxima tentativa. Para quem está passando maus bocados com o fim de um casamento, certamente não é fácil pôr o foco no futuro.
Vejam bem, que quando o marido bate a porta, a sensação não é apenas de que o projeto a dois acabou, mas de que tudo chegou ao fim, tudo morreu. Com filhos para criar, contas para pagar e sem parceiro para dividir o dia-a-dia, a mulher conclui que nunca mais terá espaço para si. Em geral, fica a impressão de que só o ex é feliz.
Um divorciado volta a ser solteiro, é um homem livre. De casa nova, amigos novos, ele está pronto para mais uma aventura, Já a descasada terá de convencer o pretendente de que as crianças vão junto – pesa como desvantagem.
Esse é um raciocínio precipitado, elaborado com um pezinho no ciúme e outro na dor. A reconquista da felicidade, depende só de alguns rearranjos. O primeiro deles está ligado à aceitação da dor. É necessário viver a perda, deixar que o luto pela morte do amor tome conta do coração. No mundo contemporâneo, em que tido é volátil, há necessidade de correr atrás daquilo que dura, que marca. Isso justificaria altos investimentos nos rituais, da festa à lua-de-mel. Tudo ficaria documentado nas fotos e na memória.
Do casamento, decorrem planos de ter filhos e estar acompanhado até o fim dos dias, então, ver a eternidade rumor é profundamente frustrante. A mulher vive isso de forma mais dura, porque ela foi formada para ser a acolhedora maternal. Na separação, ela se vê como uma fracassada. Sair da solidão do divórcio requer empenho. Quem deseja encontrar um parceiro deve se arriscar. A mulher não pode acreditar que ela só existe porque o companheiro a abastece. Quando ele vai embora, ela acha que sua segurança parte junto. É verdade que, numa parceria rica, um desperta as qualidades do outro. Mas ninguém dará ao par o que ele não tem na sua essência. Ao se ver sozinha, faça um exercício. Retorne coisas que você fazia antes de casar e outras que abandonou porque o casal se acomodou.
Você tem certeza de que não merece o que está vivendo. Ninguém merece. Mas quase todas as pessoas levam um fora. Para não piorar a situação, rejeite o papel de vitima e evite mendigar. Acredite a realidade, mesmo que a tarefa seja penosa como sobreviver a um naufrágio. É natural passar por est[ágios de negação, revolta, ódio e depressão até chegar à aceitação. O perdão dissipa a raiva e os sentimentos negativos e deixa o coração mais leve. Nesse caso a humildade é importante. A dor aumenta quando você se deixa guiar pela vaidade. Acreditar que está sendo vista(o) como um(a) fracassada(o) retarda a superação dos problemas. Livre-se do orgulho e preserve o amor dentro de você. Não deixe que a tristeza e a amargura apaguem o que viveu. Cultive a gratidão pelos bons momentos.
Em fim, faça a eutanásia da paixão. Uma história que se tornou inviável precisa ser eliminada. Retire, dia após dia, a importância que deu à pessoa a quem admirou. Esse terreno será fértil. E por fim, antes de tomar qualquer atitude, pense nos seus filhos. Eles
também sofrem, estão juntos nessa empreitada e merecem prioridade. Tenho dito!!!!