Minha pátria amada nunca esteve tão fragilizada e perigosa, como nesses tempos de aguda convulsão social, castrando o direito de ir e vir em todas as direções. Jornais diários, que pegamos cedinho de cada dia, enchem nossas mãos ensanguentadas com as notícias de primeira, porque na violência premeditada e covarde, não tem mais espaços para fatos requentados.
E no balanço parecido com uma náufraga embarcação do destino, ninguém sabe explicar para onde segue o desgoverno, sem nome e sem rótulo que sugerisse algo de bom para os brasileiros.
Sim, estamos em 2014, ano eleitoral completo, que mais se ajusta como eleitoreiro, diante da escolha de Presidente da República e seu Vice vinculado, Senadores, Deputados Federais, Governadores e seus Vices amarrados e, finalmente, os Deputados Estaduais. Já houve tempo que os vices eram autônomos e poderiam ser eleitos junto com o titular de outro partido adversário. Estes se davam muito bem, na convivência político/administrativo de ambos, apenas com a preocupação do vice, que desejava, torcia e rezava para o titular ser cassado ou falecer…
No que pese as normais legais vigentes, o estatuto partidário é um texto sem graça e sem utilidade, a contar do trampolim para outros partidos com toda bagagem de votos. O pior mesmo é o desinteresse de todos para deixar rolar as águas que faltam no nordeste e as que ficam retidas e enlameadas no cone sul do país.
Ainda ontem, tivemos o trágico resultado de mais uma violência estúpida que fora autorrotulada de “protesto” que, na verdade, vem a ser um grupo de mascarados, drogados, desocupados e armados, depredando, incendiando e roubando, sem nenhum escrúpulo ou medo de matar, em pleno Rio de Janeiro.
O jovem cinegrafista da BAND, Santiago Andrade, fazia cobertura de um bando de loucos criminosos, no centro da cidade, quando fora atingido na cabeça por um “rojão”, e, por isso, acabou sendo removido ao hospital, todavia, não conseguiu resistir à morte encefálica.
Pois bem, a “princesinha do mar”, atualmente amedronta os próprios cariocas e ingênuos estrangeiros que por lá circulam, ousando pela falta de segurança pública que desmerece o caráter do povo brasileiro!
Em meio ao crime perpetrado, o povo pacato brasileiro, em todos os recantos, exige que as investigações cheguem à identificação e participação do monstro Fábio Raposo, que conduzira a bomba caseira mortal, com assistência a partido político sem controle.
Triste cenário ficou gravado com as imagens nacionais e internacionais da explosão na cabeça de um trabalhador em serviço, que tinha sido escalado para filmar a violência de vândalos baderneiros criminosos!
Enquanto tudo acontece, governantes e seus vassalos se escondem, fecham a boca e deixam a sujeita escorrer ladeira à fora.
(*) Advogado e desembargador aposentado