“ Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o errante de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.(Marta Medeiros)”
É muito difícil tornar a dor menos intensa nessa fase de separação, pois é a ruptura de um projeto de vida. Quando nos casamos, projetos são construídos, sonhos são aperfeiçoados (ou não), assim quando este projeto é quebrado a dor é muito intensa, causando um sentimento de fracasso, de incompetência, de raiva… que muitas vezes não se consegue digerir em curto espaço de tempo, aqui não falando em tempo cronológico mas o tempo interno que cada um tem para elaborar seus conflitos e colocar seus sentimentos em ordem.
Agora lhes faço uma pergunta: O que a mulher deve fazer nos primeiros dias da separação? Ela não deve se envolver com outras pessoas como forma de atenuar a angústia, deve sim sair, encontra-se com amigos, visitar pessoas com mente positiva. Perceber que a vida continua apesar dos seus sofrimentos. Pois elaborar essa dor é muito importante para que se processe os erros e acertos, evitando assim repetir situações conflitantes. É poder olhar os seus potenciais, é perceber que ela é um ser único, que em determinado momento da sua vida, compartilhou com seu parceiro da mesma estrada, porém esse caminho foi trilhado sobre suas próprias pernas…
Ela deve se dar conta que está entrando em uma nova fase, onde com certeza não repetirá erros ou escolhas mal feitas buscando formas diferentes de lidar com sua vida. Mas, volto a ressaltar esse processo não é sem dor.
Estando empolgado com essa matéria, faço-lhes outra pergunta: Quem sofre menos, quem rompe ou leva o fora? Não necessariamente, a ruptura é sempre ruim para os dois lados. É uma reformulação de vida, paradigmas questionados, a culpa por ter causado o sofrimento no outro muitas vezes provoca situações conflituosas. Creio, que o processo de separação deve ser vivenciado para poder ser elaborado e enfim assimilada a experiência, como algo positivo que te faz evoluir como ser humano.
Muitas vezes as pessoas buscam formas compensatórias para lidar com seus conflitos, que ao meu ver não são saudáveis, O comer por exemplo é um desses mecanismos, ele “nubla” a visão de angústia que a mulher está enfrentando, colaborando para a piora de sua auto estima na medida em que as conseqüências do comer demais vão afetando seu corpo.
Mas, será que podemos ajudá-las? Falar sobre a situação é sempre um bom remédio a aí entram os amigos que se dispõem realmente a “ouvir” e ajudar essa pessoa a encarar essa nova etapa de vida. É importante que a posição do amigo seja a de construtor da auto estima, evitando julgamentos (sejam favoráveis ou não).
Se não tiver nada a dizer, só OUVIR , já é bem importante! Tenho dito.