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MARCOS TAVARES EM : O DISCURSO E A PRÁTICA

“A Paraíba nos elegeu para fazermos o que é certo não o que é mais confortável. Essa é uma delegação que assumo com todos os ônus, sem maquiagem ou engodos”. Essas palavras foram retiradas na íntegra do discurso do governador Ricardo Coutinho pronunciado na Assembleia Legislativa quando da abertura do novo ano daquela casa. Elas encerram seu compromisso e sua determinação de mudar o Estado nem que para isso o ente administrativo acabe por provocar danos ao ente político. Portanto, não é por aí que a oposição vai incomodar nem pegar Ricardo.
Uma coisa se diga a favor do governador. Em momento algum ele enganou quem votou nele com promessas ou falsas ilusões. Seu discurso de campanha tinha a mudança como tônica e a mudança começa a ocorrer.Acontece que, historicamente, nossos cidadãos são a favor da mudança e da moralidade desde que elas não cheguem ao seu quintal. Quando se trata de cortar na carne, os mais radicais progressistas sentem saudade do bom e velho passado com todos seus erros e suas permissividades, mesmo que esses erros tenham levado a Paraíba a um beco sem saída.
As atitudes rigorosas de Ricardo, principalmente no tocante a pessoal e pagamento, irão prejudicar alguém? É claro que sim. Não se pode mudar uma estrutura e uma mentalidade administrativa sem deixar vítimas pelo caminho e as vezes vítimas inocentes. Acontece que a missão é maior que a cautela e às vezes é preciso endurecer no presente para que reste alguma esperança para o futuro. Foi por nunca pensar nesse futuro que chegamos aonde chegamos. Foi por não querer ferir suscetibilidades ou cortar privilégios que somos hoje um dos estados mais atrasados da região.


O Ricardo governador é uma extensão do Ricardo vereador, deputado, prefeito e em nenhum desses cargos ele tergiversou quando o problema era o interesse público. Então não há porque ele fazer isso agora quando representa a esperança de milhares de paraibanos que votaram contra o velho, o mofado, o desusado e já testado. Ele pode desagradar alguns, mas trabalha pela maioria e ao dizer que assume sua missão com todos os ônus, ele, certamente, mais do que ninguém, confia em que o remédio amargo do início será a cura final para um mal secular.


Vaga
Hervázio Bezerra nem decidiu ainda e pode ver sua vaga na AL desaparecer na burocracia.É que a procuradoria da Assembleia decidiu que a PBPrev não tem status de secretaria e, assim, Ludgério teria de renunciar ao mandato para assumir. O problema é que em administrações anteriores o órgão foi considerado como Secretaria e teve deputados em seu comando que não precisaram deixar o mandato.


Fiscalização
A Procuradoria de Defesa do Consumidor vai fiscalizar rigorosamente o Hospital da Unimed. São constantes as queixas de usuários de maus serviços prestados pelo Hospital, não só no ponto de vista médico como nos cuidados com a higiene e a presteza no atendimento. Um dos maiores hospitais do Estado com uma enorme clientela vinculada ao seu plano pode ter até as portas fechadas se persistirem as irregularidades.

Zum, zum, zum


O Muriçocas do Miramar pode até não desfilar este ano por falta de patrocínio com a torneira fechada no âmbito estadual e federal.
Os responsáveis por esse bloco se acostumaram às benesses públicas e nada fazem para capitalizar um investimento que é totalmente particular.

Silêncio
O Estado pagou o mês de janeiro e não houve o esperado tumulto que os adversários do governo prenunciavam.
Mesmo os servidores que tiveram salários cortados souberam entender a situação difícil que atravessa o Estado.

Grana
O deputado Benjamim Maranhão vai ter de devolver aos cofres públicos R$ 90 mil entre multas e ressarcimento.
A quantia ainda não foi corrida pela inflação e deve-se a contratos celebrados com empresas fantasmas quando ele era prefeito de Araruna.


Notícia
No meio de tantas novidades ruins, uma notícia boa para o ex-governador Cássio Cunha Lima.
Comenta-se que o novo ministro do STF Luiz Fux é contra a aplicação do projeto Ficha Limpa com efeito retroativo. Seria a absolvição de Cássio.


Pequenez
Pegou mal a fala do senador Wilson Santiago onde ele tece críticas veladas a Cássio Cunha Lima que o derrotou nas eleições.
Para quem chegou ao mandato por um artifício judicial, Santiago deveria ter mais civilidade e falar menos.


Cruzamento
Continua o cruzamento das folhas de diversos poderes.
Como todo cruzamento, é muito perigoso e pode redundar em vítimas fatais.
Atropeladas pela Lei.

Preço
Vamos tomar água mais cara. A Cagepa deve majorar sua tabela e o paraibano vai ter de fazer sua parcela de sacrifício.
Tudo porque alguns gestores do passado uniram a incompetência ao descontrole financeiro.


Perda
A publicidade paraibana perde a competência de Ivan Tomaz e seus amigos perdem um companheiro de excelente caráter e vida ilibada.
Aos familiares nossos sentimentos.


1 – Terciário – Quando dois discutem, um terceiro se alegra.
2 – Epidemia – Paixão é como sarampo. Temos de ter ao menos uma vez.
3 – Justificativa – Nunca se justifique. Amigos não precisam de justificativa e os inimigos não acreditam.