Sete ex-prefeitos de municípios pertencentes ao estado do Espírito Santo acabam de ser presos por prática de atos ilícitos. Foram presos porque lhes faltaram compostura e honestidade durante o período em que estiveram à frente dos destinos das suas cidades. Foram indignos dos cargos para os quais foram eleitos. Botaram à mão na massa, ou melhor, roubaram o dinheiro do contribuinte e, pior ainda, traíram a confiança do eleitor.
Operações desse tipo deveriam ser permanentes em todos os municípios onde existam indícios de roubalheira. Prefeitos ladrões, desonestos além de confinados na cadeia teriam de ter os bens bloqueados para garantir ao erário público à devolução do dinheiro surrupiado.
Diante da impunidade reinante virou regra se apropriar do dinheiro público como se fosse algo decente e normal. Virou rotina e sem-vergonhice o enriquecimento à custa dos parcos recursos destinados à merenda escolar, ao remédio dos hospitais e às obras estruturantes. Montam-se esquema apenas com o objetivo de roubar o erário.
Desbragadamente o que se vê por aí afora é a dilapidação do patrimônio público em benefícios de prefeitos corruptos, da sua “parentela” e de “apaniguados” políticos com a conivência de empresários desonestos e a complacência dos órgãos fiscalizadores.
Aqui mesmo na Paraíba é alarmante o número de denúncias contra ex-prefeitos. Os que entraram acusam os que saíram de terem deixados os municípios em péssimas condições. Tem município que roubaram do computador ao papel higiene. Dinheiro que é bom nem pensar! O que ficou de herança foram apenas dívidas e desorganização administrativa.
Diante dessa profusão de denúncias ocorrem apenas algumas manchetes passageiras nos jornais, nos rádio e na TV. Depois o tempo se encarrega para que tudo seja esquecido, camuflado e jogado para debaixo do tapete.
Mas, como o tempo passa rápido e se encarrega de tudo, esses mesmos dilapidadores do patrimônio público, com a maior cara-de-pau voltam, novamente, a pedir o apoio da população. E o que é pior: conseguem e continuam roubando e se apropriando do dinheiro público com mais experiência e acentuada avidez.
Espera-se que a partir de agora com o advento da Lei da Ficha Limpa, seja colocado um basta nesse tipo de bandalheira, evitando-se que a ladroagem continue sendo a regra em vez da exceção. E mais ainda, que os culpados realmente sejam punidos e paguem – civil e criminalmente – pelos desatinos praticados contra a população.
É o mínimo que se espera da justiça, já que lugar de ladrão é na cadeia e não no espaldar de uma confortável cadeira de prefeito.