Cláudia Carvalho
Uma reunião longa aconteceu ontem à noite em João Pessoa e envolveu o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o vice, Rômulo Gouveia (PSDB), além dos deputados Lindolfo Pires (DEM) e Tião Gomes (PSL). A conversa foi tensa e tratou da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, cujo pleito acontece no dia 1º de fevereiro. Depois do anúncio de que o atual chefe do legislativo, Ricardo Marcelo (PSDB) teria conseguido 31 apoios, contando com o voto da esposa de Rômulo, Eva Gouveia (PTN), a situação ficou crítica e a bancada governista chegou a um consenso de que não haveria mais chances de manter a postulação de Lindolfo.
Desde às 22h de ontem, portanto, a candidatura de Lindolfo Pires não existe mais. O deputado de Sousa chegou a dizer que aceitaria concorrer, mesmo que não tivesse chances, mas foi orientado pelos colegas a sair da disputa. Para isso, fez apenas duas exigências: um pacto de boa convivência para que o adversário não tripudiasse de seu nome, já que alguns radialistas simpáticos à candidatura de Ricardo Marcelo estariam fazendo chacotas com a insistência de Lindolfo. O outro pedido foi de não ser pressionado para aceitar um cargo na mesa diretora chefiada pelo tucano.
A estratégia da bancada governista agora é de operar uma mudança na composição da chapa de Ricardo Marcelo para abrigar alguns dos deputados que não aderiram à candidatura do presidente à reeleição. Sabe-se que há uma exigência de manutenção de Branco Mendes (DEM) na mesa diretora, mas o assunto deverá ser definido quando Ricardo Coutinho voltar da viagem que faz amanhã a Brasília. O socialista estará na capital federal também na sexta-feira.
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