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RANCHO NO ROÇADO :Ricardo Coutinho deve ter gabinete ecológico na Mata do Buraquinho

INOVAÇÂO: governador da PB pode começar a despachar em gabinete na Mata do Buraquinho

A nova diretora da Sudema (Superintendência Estadual de Meio Ambiente), Rossana Honorato (PSB), vai avaliar um antigo projeto arquitetônico destinado à instalação de um Gabinete Ecológico para o governador socialista Ricardo Coutinho poder despachar mais tranqüilamente com seus secretários, abrigado pelo sossego proporcionado pela fauna e flora existente na Mata do Buraquinho, chamada de “pulmão verde” da Capital.

Ricardo pode mudar homenagem

Coutinho admite mudar – inclusive – o nome do Jardim Botânico, de “Benjamim Maranhão” (pai do ex-governador José Maranhão, do PMDB) para Lauro Pires Xavier, se a legislação vigente permitir a troca de nomenclatura, pra poder prestar uma homenagem mais apropriada ao local, destinado à preservação ecológica.

Jardim Botânico “Lauro Xavier”

Para as gerações mais jovens, que talvez não saibam dizer exatamente quem foi o ambientalista Lauro Pires Xavier (cujo nome batiza o orquidário da Bica do Parque Zôo-Botânico “Arruda Câmara”), seguem as informações abaixo:

Pioneiro em planejamento urbano

Nascido na cidade de Areia, em 1905, faleceu em João Pessoa, em 1991. Lauro Xavier era naturalista, botânico, ecologista, professor emérito, urbanista, técnico de planejamento, pioneiro de técnicas modernas em agricultura e criação de rebanhos.

Bibliografia engajada politicamente

Ele contribuiu muito para a criação de uma ideologia em defesa do meio ambiente e a preservação da natureza. Como pesquisador, produziu uma extensa bibliografia composta por livros, artigos jornalísticos e de revistas especializadas.

Direito, Engenharia, Veterinária

Como aluno do Lyceu Parahybano, foi um dos mais notáveis estudantes pessoenses na década de 1920. Em 1925, ingressou na Faculdade de Direito do Recife-PE, porém, logo deixou o curso e seguiu para São Paulo, freqüentando aulas de Pré-Engenharia na Faculdade Mackenzie. Acabou diplomando-se em Agronomia, na Escola Superior de Medicina Veterinária do Ministério da Agricultura, localizada na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Retornando à Paraíba, foi nomeado Observador Meteorológico.

Precursor da luta ambientalista

Foi um dos fundadores da Apan (Associação Paraibana dos Amigos da Natureza), tendo evitado, com a sua bravura e seu amor às plantas, muitos crimes que teriam sido praticados contra a ecologia, como a destruição de reservas florestais, determinada por autoridades locais.

Renome de fama internacional

Ele foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, tendo ocupado – inclusive – a presidência da entidade, membro da Bromeliad Society, sediada na Flórida (USA), fundador da Sociedade de História Natural da Paraíba, sócio-fundador do Clube de Engenharia da Paraíba e também fundador da Sociedade de Agronomia do Estado.

Ministrando aulas de Ecologia

Era professor universitário, lecionando as disciplinas: Biogeografia e Climatologia, Introdução à Cultura Brasileira de Botânica Aplicada à Farmácia, Química de Extensão à Geografia. Foi chefe do departamento de Ecologia da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).

Extensa literatura científica

Ingressou na Academia Paraibana de Letras, em 6 de maio de 1972. Deixou uma extensa bibliografia, tendo publicado mais de 300 artigos em jornais e revistas especializadas, em Recife, João Pessoa e São Paulo, todos sobre Agricultura, Ecologia e Educação.

Rearborizando a “Cidade Verde”

A Sudema quer fazer o replantio em massa de árvores nativas como Ipês (amarelo, roxo e branco), além de Acácias Ferrugíneas, para aumentar a cobertura vegetal em João Pessoa, com a finalidade de manter sua fama internacional de ser uma das cidades mais arborizadas do Nordeste, do Brasil e do Mundo.

Plantas nativas na Mata do Buraquinho

A proposta de Rossana é plantar espécimes frutíferas nativas pouco conhecidas pela população local, como araçá, maracujá-açu e guajirú, no parque botânico da Mata do Buraquinho, pois seus sucos e doces são tão exóticos, procurados e saborosos, quanto os de pupunha, açaí e cupuaçu, originários dos Estados do Pará e Amazonas.

Preservando a natureza no interior

Rossana Honorato revela que existem hoje, cerca de 140 cidades onde suas respectivas prefeituras já implantaram a estrutura administrativa dos órgãos encarregados de monitorar as agressões ao meio ambiente, entre os 223 municípios paraibanos.

coluna de Giovanni Meireles

PB Agora

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