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TIÃO LUCENA EM :Farinha do mesmo saco

Estou atento aos pronunciamentos dos políticos candidatos. Gosto de fazer isso para comparar os comportamentos que adotam hoje com os adotados ontem. É bom para descobrir o tamanho da coerência deles. Alguns mudam como as ondas do mar, sempre correndo para o lado mais conveniente. Vejam o exemplo de Zé Maranhão! Hoje critico feroz de Ricardo Coutinho, ontem era o seu advogado de defesa. Hoje mete o pau no mago, ontem o abraçava com desvelo 

Mas não é só ele. O próprio Ricardo vê em Luciano Agra o retrato do incoerente. E Agra o chama de Hitler. Mas ontem eram carne e unha, corpo e alma, duas almas num corpo só.

 

Se espremermos o juízo, descobriremos ainda Luciano Cartaxo aplaudindo a administração de Agra e alguns meses atrás apontando corrupção nessa mesma administração. Mas Agra agora o apóia. 

E por isso mesmo merece aplausos. Amam-se ardentemente, parecem Romeu e Julieta.

 

Hão de perguntar por Cícero Lucena. Ele está acenando para o Zé Maranhão que já lhe mereceu críticas contundentes quando a Cícero era importante meter o pau em Zé para agradar a Cássio.

 

Na verdade, caro leitor, se alguém gritar “Xô incoerentes!” não fica um pra contar a história. São todos farinha do mesmo saco, acordes da mesma viola, irmãos siameses, crias da mesma barriga, frutos da mesma fornicação.

 

Nos consola, porém, o fato de sabermos que a Paraíba não é exceção nessa farra. Ela se alastra por todos os estados da federação, de modo que estamos todos navegando no mesmo barco sem saber em que porto atracar.