Pular para o conteúdo

UM CRIME QUE MUDOU O BRASIL…

Fátima Pessoa de Carvalho

João Pessoa era conhecido pelo seu temperamento franco, direto. Enquanto assinava o documento que lavraria o ato de transmissão de cargo ao seu vice, Álvaro de Carvalho (primo do meu avô paterno Pedro Jorge de Carvalho), permitiu-se a um gracejo com os funcionários:“Vejo que os senhores ficam sempre muito alegres toda vez que me ausento da Paraíba”…

O secretário de Segurança, Ademar Vidal: “Então, o presidente vai ao Recife? Acho uma temeridade…”. O assessor José Américo de Almeida dizia: ‘João Pessoa’ “era todo direto e sem nenhuma sutileza”. Ao ouvir a ponderação do seu secretário sobre a viagem que faria sem o acompanhamento de qualquer segurança, respondeu JOÃO PESSOA: “Os senhores são muito sentimentais. Vamos deixar de tolice…”…. 
Como os fatos vieram a comprovar, não se tratava de tolice nenhuma. No dia seguinte, sábado, João Pessoa seria assassinado a tiros na capital pernambucana por JOÃO DANTAS. O crime completará 82 anos amanhã. A morte do presidente paraibano impulsionou os revolucionários, que já arquitetavam a tomada de poder. Eles depuseram Washington Luiz, dando posse a Getúlio Vargas, candidato derrotado nas eleições presidenciais daquele ano…
————————–————————–———————–
E como bisneta de Ana Pessoa – a força da memória da minha descendência não poderia deixar de lembrar que tanto Getulio Vargas, como José Américo de Almeida (leia-se também o coronelismo ambicioso de José Pereira) TINHAM INTERESSE EM TOMAR O PODER – e para isso usaram assunto amoroso e de foro íntimo do Advogado João Dantas (Ana Beiriz)- a Segurança naqueles tempos comandada por José Américo de Almeida – INVADIU aposentos do jovem advogado e fez uma devassa e publicação das cartas amorosas para o público que naquela época imensamente moralista Assim plantando a raiz do ódio ao Governante João Pessoa- resta a questão: QUAIS AS PROVAS DE QUE FOI O PRÓPRIO JOÃO PESSOA QUEM DEU ORDEM PARA PUBLICAR NA IMPRENSA AS CARTAS ?
Pasmem: Desde 24 de fevereiro de 1930 que o governo de João Pessoa via-se às voltas com uma guerra civil. A cidade de Princesa declara-se “Território Independente” e não mais se submetia aos comandos da chefia do Executivo estadual -mas não é dificil que a origem desse movimento era a AMBIÇÃO DESMEDIDA do coronelismo de Jose Pereira -perrepista apaixonado…apoiado pelos Suassunas!

Os historiadores José Octávio de Arruda Melo e Wellington Aguiar, ambos autores de obras que versam sobre o tema da Revolução de 1930. Além de serem consultados títulos, publicações e obras, apresentaram a repercussão do assassinato no exterior, reproduzindo o que o jornal The New York Times, dos Estados Unidos, noticiou no dia seguinte à morte de João Pessoa.
Trata-se, sem dúvidas, de um período histórico riquíssimo cujos desdobramentos ainda mantêm ligação direta não só com os principais fatos políticos que dali ocorreram, circunscritos a um passado remoto. Muitos atores da cena política atual da Paraíba têm ligação direta com o teatro de 1930. Mais do que isso: ainda hoje há pontos desta história que não são pacíficos e os dois lados ainda terçam armas – não disputando poder político; migraram a luta para uma trilheira intelectual, levando o embate à arena da história.

Desejo que um dia EU POSSA REVELAR TODA ESSA SÓRDIDA HISTÓRIA (por enquanto não posso -fiz um juramento a meu pai João Pessoa de Carvalho -que por sua vez fez juramento ao pai dele para silenciar sobre a verdade- evitando assim sofrimento e perseguição) que Tirou covardemente a VIDA de um governante que em pouco tempo de gestão colocou a PARAIBA no caminho do Desenvolvimento, quando éramos um quintal de Pernambuco para onde migrava as riquezas da produção da Parayba.

E lembrando que Presidente João Pessoa fora a Recife para a confecção de uma retrato pintado por um competente artista e antes assara por uma joalheria para comprar uma jóia -um mimo patrimônio para sua filha. Esta é a verdade Elizeu Gomes, Pedro Manoel Macedo Marinho.O resto são fábulas de espíritos que teimam em conservar o perrepismo viral…

Não é possível comentar.