Diga mesmo se dar para acreditar nessa história de Efraim Filho abandonar o mandato de deputado federal para ser vice-prefeito de João Pessoa, caso Estelizabel vença a eleição! Ninguém acredita nisso. E por um motivo muito simples: vice-prefeito, mesmo de João Pessoa, é cargo decorativo, sem valor nenhum. Ao vice é dado apenas o direito de ter um gabinete, nomear alguns assessores e ao final do mês receber uma merreca de ordenado.
Lembram de Manoel Júnior? Foi eleito vice de Ricardo Coutinho e passou o mandato inteiro chupando o dedo. Dizem que o proibiram até mesmo de dar entrevista. Falar em nome da gestão, então, nem pensar. Era um corpo estranho enfiado no corpo socialista por conveniência partidária e por isso deveria ficar quieto no seu canto, sem dar um pio. O negócio foi tão constrangedor que Manoel pulou fora, rompeu com Ricardo Coutinho e nunca mais quis saber de coletivo.
Efraim é um deputado talentoso, já integrou CPI, preside comissões importantes na Câmara, é ouvido e antenado em Brasilia. Como, então, acreditar que ele vai deixar tudo isso e voltar pra João Pessoa para se enterrar num gabinete de vice-prefeito? Só se ficou doido varrido, atirando pedra na lua e chamando Jesus de Genésio.
Quero crer que Efraim aceitou a indicação na tentativa de somar votos para a candidata, mas depois, caso ela vença as eleições, nem tomará posse, renunciando para dar vez ao presidente da Câmara Municipal. O mandato dele só seria encerrado caso fosse empossado como vice. Não sendo, continuará deputado e disposto a lutar pela reeleição. Só não se sabe como o povo iria reagir a um estelionato eleitoral desse jaez.
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