O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) em Brasília, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção, de caráter preventivo, ocorreu por solicitação da Polícia Federal (PF) e não está relacionada à condenação por tentativa de golpe de Estado. Trata-se, segundo a PF, de uma medida cautelar para garantir a ordem pública.

A decisão foi tomada após a corporação avaliar como grave o episódio da noite de sexta-feira (21), quando o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente. Fontes da PF informaram que o ato criou um “ambiente de risco real” tanto para participantes quanto para agentes de segurança que faziam monitoramento no local.

A PF entendeu que a mobilização poderia gerar confrontos e dificultar ações policiais, levando o ministro relator a autorizar a prisão preventiva como forma de “evitar tumulto, escalada de tensões e riscos à integridade física de terceiros”.

Bolsonaro foi detido por volta das 6h da manhã. Segundo relatos, o ex-presidente reagiu de forma tranquila ao mandado. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava na residência no momento da operação.

O comboio da PF chegou à sede da corporação às 6h35. Depois dos trâmites iniciais, Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência da PF, onde permanecerá em uma Sala de Estado — espaço reservado historicamente para autoridades, ex-presidentes e figuras públicas que exigem proteção especial.

Neste momento, o ex-presidente passa por exame de corpo de delito, realizado por agentes do Instituto Médico-Legal (IML) diretamente dentro da própria superintendência, para evitar exposição pública.

Em nota, a Polícia Federal confirmou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF com base na necessidade de preservação da ordem pública.

A defesa de Jair Bolsonaro informou que, até 6h40, ainda não havia sido oficialmente comunicada da decisão judicial.

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