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“A danada da saudade” (Carlos Marques Dunga Jr.”)

“A danada da saudade

A saudade é coisa que dói, machuca, embriaga, mas também impulsiona, eleva, alegra e faz bem. Um dos meus livros tem como título “Para guardar na lembrança que é amiga da saudade”, onde descrevi a saudade de terra que nasci, onde vivi minha infância e adolescência, Boqueirão. Saudade que me impulsiona a viver até hoje, e para meu devaneio, fico a passear pelas ruas, casas e escolas que frequentei, para alimento da alma. E se não bastasse, ainda passo no açude e sinto o cheio da água que jorra no túnel e escorre nas pedras do rio abaixo.

Já falei da saudade do cheiro de minha lancheira em outro poema. É você que lê esse texto agora, basta fazer isso: “fecha os olhos e lembra do cheiro da sua lancheira”. Eita, que esse cheiro me remete a muito, muito amor e zelo, aquele amor que só mãe tem e sabe ser. É amor de saudade.

Já falei da saudade dos cantos e contos do amor. Essa saudade é de benefício e fortalece o amor de verdade, aquele que da saudade faz o presente vivo e projeta no futuro também uma já saudade. A saudade das pessoas e do bem das pessoas, essa é a que acho que estamos em constante processo de construção e reconstrução, onde o convívio faz aprendizado e, nesse tempo pós-moderno, traz frutos de que o bem é necessário para a segurança, fortalecimento e resultado desse tal ser humano.

A saudade é danada, mas necessária para manter o curso, analisar rotas, definir rotas, reinventar dias e seguir em passos firmes em busca do bem. Basta que essa saudade seja do e de bem.

De um dia de domingo, 17/08/2025
Carlos Marques Dunga Jr.”

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