
O advogado Solon Benevides, que patrocina a defesa de Alanna Galdino junto ao TCE, criticou a forma como o Ministério Público de Contas vem tratando o assunto. É que, em vez de se ater a aplicação da lei, o procurador do Ministério Público de Contas utilizou uma citação de música popular brasileira (“não podemos negar as aparências e disfarçar as evidências, não podemos viver fingindo”), o que levou Solon a dar o troco na mesma moeda: “Negar as aparência nesse contexto se traduz em realizar questionários inquisitivos, formulados ao bel prazer dos ilustres auditores, contendo ilações equivocadas que relembram um tenebroso período recente da história do país”.
Na petição encaminhada ao TCE, Benevides afirmou que a fala do Procurador do MPC “significa, também, realmente fingir que não há uma tentativa de retroceder nos fatos históricos, sem levar em consideração as provas irrefutáveis do preenchimento dos requisitos legais e constitucionais da indicada”.
Ele lembra que a indicação de Alanna Galdino foi feita pela ALPB, que conta com 36 deputados, e obteve expressiva aprovação, com apenas um voto contrário e três abstenções, incluindo a do seu pai, sendo a única candidata inscrita. Enfatizou também que a prerrogativa de indicação para a vaga em questão é do Poder Legislativo, e a indicada preenche todos os critérios estabelecidos em lei e na Constituição. O governador João Azevedo formalizou a nomeação cumprindo um dever previsto na Carta Estdual, restando apenas a ratificação pelo plenário do TCE.
Para a defesa de Alanna, “o MPC deveria reconhecer a celebrar o marco histórico de que, pela primeira vez, a Corte de Contas da Paraíba será composta por uma mulher entre seus conselheiros, e não mais apenas por homens, o que representa um avanço significativo e motivo de orgulho para o Estado.”