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Presidente diz que fraude do leite é na produção; ‘Quem está sendo investigado não é a FAC’
O diretor da Fundação de Ação Comunitária (FAC), Ramalho Leite, garantiu em entrevista ao programa Rede Verdade da TV Arapuan nesta quinta (17) que a Instituição não foi indiciada pela Polícia Federal (PF) e apontou que a fraude apontada pela operação Amalteia é na produção do leite e não na distribuição que é responsabilidade da FAC.
“Nossa missão é comprar e atestar que foi entregue”, diz. E acrescentou: “Quem está sendo indiciado não é a FAC, mas os agricultores”.
Leite afirmou que se houve fraude no inicio da cadeia produtiva, a FAC também acaba sendo vitima desse processo. Ele apontou que se for provado que houve conivência de funcionários da instituição ‘o caso muda de figura’. Contudo, no momento, Leite explicou que a FAC não está sendo indiciada, e mesmo tendo enviado uma petição à juíza para ter acesso ao processo foi negado. A alegação é que os advogados da Fundação não eram advogados dos indiciados.
“A juíza não deu o processo aos assessores da FAC porque não era parte, tinha que ser alguém que estivesse sendo indiciado”, destaca.
Contudo, Leite afirmou que por ser um convênio executado pela FAC, há o interesse processual em saber do que se trata o processo e apontou o fato de uma diretora ter sido afastada. “É preciso que o governo saiba o porque desse afastamento. Não tivemos acesso a nada, a juíza deu um despacho ontem a noite negando o depacho anterior
O diretor afirmou que na véspera da operação Almateia ele aplicou uma multa de R$ 77mil por falha na distribuição.
Leite afastou o problema da FAC apontando que a polícia deve investigar para apurar se houve fraude em outros órgãos. “Problemas com a produção e qualidade do leite é com a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Agricultura que é o departamento de Vigilância de produção animal que deve fazer a fiscalização de laticínios. Se o problema for fraude no credenciamento do produtor quem faz isso é a EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba). Se for fraude nessa direção é problema de polícia”, diz.
Marília Domingues
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