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MP denuncia oito pessoas por rachas com carros de luxo na Paraíba

Em novembro, um Camaro, um Gol e três Hondas Civic foram apreendidos.
Empresários são suspeitos de apostar corridas em BRs e avenidas urbanas.

Do G1 PB

Carros de luxo tinham motores adulterados e alcançavam até 350 km/h, diz PRF (Foto: Walter Paparazzo/G1)Carros de luxo tinham motores adulterados e alcançavam até 350 km/h, diz PRF (Foto: Walter Paparazzo/G1)

O Ministério Público concluiu na segunda-feira (14) as investigações da Operação Velocidade Limitada e denunciou oito pessoas suspeitas de envolvimento em rachas na Paraíba. Em novembro, cinco carros foram apreendidos, sendo um GM Camaro, um VW Gol e três Honda Civic, e os proprietários tiveram as carteiras de habilitação suspensas por decisão da Justiça. As apreensões foram realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o apoio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

O relatório final da denúncia do Ministério Público deve ser encaminhado ainda nesta terça-feira à comarca da cidade de Cruz do Espírito Santo. Na denúncia, os empresários e proprietários de carros de luxo utilizados são denunciados por suposta participação em disputas ilegais nas rodovias federais BRs 101 e 230 e em vias públicas, como a avenida Rui Carneiro, uma das principais de João Pessoa.

Um dos suspeitos também foi denunciado por incitação da prática criminosa, ao colocar vídeos na internet que exibiam as irregularidades realizadas pelo grupo. As imagens foram analisadas e a localização dos motoristas foi investigada pelo Serviço de Inteligência da PRF. Na época, os carros foram apreendidos em bairros nobre da capital: Cabo Branco, Manaíra e Jardim Luna.

Alguns dos carros de de luxo tiveram os motores adulterados, chegando a atingir a marca de 350 km/h. Os donos aumentavam em até 50% a potência dos veículos e chegavam a investir R$ 150 mil, segundo a PRF.

Depois de serem notificados da denúncia do Ministério Público, os acusados deverão apresentar defesa na Justiça. As investigações também terão continuidade para identificar outros acusados. A denúncia é assinada por promotores do Gaeco, Herbert Vitório Serafim de Carvalho, Jamille Lemos Henriques Cavalcanti, Octávio Paulo Neto e Jeaziel Carneiro dos Santos.