Haverá dias em que nos acordaremos e, ao nascer do Sol, na primeira respirada de olho aberto, na primeira abertura de um novo dia, esqueceremos de bater um papo reto consigo, daquele que diz: “agora sou eu e eu”…
Esse diálogo matutino é necessário para alinhar os valores, crenças e a verdade entre “o eu e eu”, porque, do outro lado, vão acordar, também, pessoas que se intitulam seres humanos, que não contemplaram o nascer do dia, tiveram nem tempo de respirar, não tiveram a oportunidade de saber o que é abrir os olhos na contemplação da vida que segue, e muito menos bater um papo consigo mesmo, pois temem a si próprios.
Muitas das vezes, vêem o amanhecer fadigados pela noite não dormida, ressacados no ódio interno, exaustos pela conspiração perversa – isso tudo na contemplação e veneração do ódio.
Muitos não conseguem sequer enxergar a solidão da ira, o ostracismo da maldade, o barulho do ruim e o isolamento da inveja.
Para vencer essa negatividade humana, basta seguir os ensinamentos do papo “eu e eu”. Orgulhar-se de si mesmo não é satisfação de ego, isso sim é doentio. É tão somente sentir que seu olhar, seu riso, sua lágrima, são também sentidos por muitos.
É necessário ver e sentir que os outros igualmente sentem e observam.
Cuidar, palavra sacrossanta. Só os fortes cuidam, regam, plantam, vêem o florescimento e podem deleitar-se na colheita.
Os fracos, os perversos, os invejosos, os medíocres, nem verão os filhos crescerem, não ouvirão a valsa tocada, nem a rima do verso.
Perdem-se no afã do tempo, falando agora, na pós-modernidade, na simples busca do engajamento e do like, no quanto pior melhor, e depois ainda riem da ferida aberta, do sangue escorrido, sem nunca terem ouvido a canção “Pai, afasta de mim esse cálice”, na sua mais difícil definição do sentimento do autor.
Pois é, e eu, sabedor e consciente de meu eu, continuarei nos passos firmes e sem pressa, dialogando com a galera massa, que chora, mas esboça o sorriso largo dos que sabem de onde vêm e para onde vão.
Compartilhar o amanhecer de quem acorda todo dia, em busca do dia bom, é muito melhor do que cruzar com quem não dormiu e não sabe onde acordará, para, pelo menos, saber quem é.
A esses, minhas orações e rezas, meu perdão, pois, enquanto eu tiver orgulho de mim, lutarei com a força de minha fé, as armas do meu eu, e fortalecido na esperança do meu amor, pois isso tudo me faz um vencedor.
De um dia de domingo 16/03/25
Carlos Marques Dunga Júnior
Concordo plenamente Dunga, isto chama-se fé em si mesmo. Nunca poderemos ter sucesso na vida se perdemos a fé em nos mesmos. A vida é dos fortes, não importa os trancos que precisamos vencer, ser testados, de todos os perrengues que passamos, saímos mais fortes. Fé é acreditar sempre.
Parabéns Dunga.
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