Lula ironizou crítica do mercado financeiro e ministros destacam avanços Foto: Agencia Brasil)
As empresas estatais federais registraram em 2023 um aumento expressivo nos gastos com folha de pagamento, alcançando R$ 130,2 bilhões, segundo o Relatório Agregado de Empresas Estatais Federais. Esse valor representa um salto em relação aos R$ 115,8 bilhões registrados em 2022. A alta nos custos é atribuída ao aumento do número de funcionários, que subiu de 434 mil em 2022 para 436,3 mil em 2023, além de benefícios como aposentadorias e planos de saúde especiais, concedidos a empregados fora do teto salarial do funcionalismo público.
O crescimento nos custos, entretanto, não foi acompanhado por resultados financeiros positivos. O lucro das estatais teve uma queda de 28% em 2023, enquanto o faturamento recuou 5,2%. Desde 2020, este é o maior valor gasto com salários e benefícios, mesmo considerando a correção pela inflação. Esse cenário reacende o debate sobre a eficiência e a gestão das estatais, frequentemente apontadas como um “cabide de empregos.”
Atualmente, cinco empresas concentram cerca de 82% dos funcionários das estatais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobras e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O peso financeiro dessas instituições reforça o impacto das decisões de gestão no orçamento público e na economia do país.