Há dias que encontramos pela frente pessoas que não conversam consigo mesmas, nem com Deus, e vêm carregadas de veneno; rindo de ódio; calçadas em sapatos que não tocam o chão; vestidas de roupas sem cor; rebuscadas em conceitos que não convergem para o bem e que desperdiçam minutos de sabedoria em replicar o que não faz bem.
Aí, lembro que no meu amanhecer, nas primeiras respiradas do alvorecer, prometi a mim que escolhi aquele dia para ser feliz. Vi que o Sol havia brilhado e nele enxerguei Deus, a quem havia entregado a minha conduta; pedido perdão dos meus deslizes e erros; firmado com Ele força para meu agir e caminhar; dito, no encontro matutino, que seguirei sempre no caminho ao por do Sol, onde teremos outro encontro, vestido de determinação; calçado na sola que sente o chão; rindo da vida em alegria; ouvindo muito e na essência, e consagrando o que digo em verdade.
Tenho certeza que, no andar dos passos meus, encontro o retorno que me acrescenta; o riso que me soma; o amor que me completa; a virtude e o bem dos que são de bem; a coragem reforçada na alegria do outro, que se faz alegria em nossas conquistas; a coragem para encontrar e vencer as horas… A alegria de ser eu.
Chega a hora do pôr do Sol. Mesmo que esteja trancado no gabinete gélido do ar condicionado, busco a oração da gratidão, que reveste a minha noite e meu sono, embala e fortalece meu sonho, reencontrando Deus na verdade de meu diálogo reto, e dizendo: quando acordar amanhã, serei novamente luz e paz, e, nesse caminhar, vencerei trevas e triunfarei em realizações.
De um dia de domingo
24/11/24
Carlos Marques Dunga Júnior