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Centro Histórico de Porto Alegre pode sucumbir ( Alberto Pessoa )

 

 

O Centro Histórico de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul corre o risco de sofrer inundação. A enchente que acomete a cidade vem invadindo a cada momento o local que se encontra praticamente ilhado.
O nível dos rios continua aumentando e a previsão é de que chuvas e temporais continuem atingindo o estado.
No Centro Histórico estão edificações importantes que representam a história do Brasil.
Entre os logradouros está a Rua Duque de Caxias que é uma das mais importantes ruas de Porto Alegre. Começa na Rua General Salustiano e termina na Praça Conde de Porto Alegre e no Viaduto José Loureiro da Silva.
A via é uma tradicional área nobre do Centro Histórico da cidade.
Ali estão importantes prédios, como o Palácio Piratini, a Catedral Metropolitana de Porto Alegre, o Palácio Farroupilha, o palacete do Visconde de Pelotas (onde Dom Pedro II se hospedou quando visitou o Rio Grande do Sul, denominado atualmente de Solar dos Câmara, e que abriga um centro cultural), o Museu Júlio de Castilhos, a antiga Junta da Real Fazenda (único prédio da época da fundação de Porto Alegre que permanece até os dias de hoje), a Catedral Metodista, o Colégio Sévigné, e a Casa Parreira Machado, sede da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, localizam-se na Rua Duque de Caxias. A ainda a casa onde viveu Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Desenvolveu-se ao longo da parte mais alta da colina onde nasceu a antiga vila de Porto Alegre, e teve várias denominações: Formosa, Direita da Igreja, da Igreja, da Praia, do Arsenal, São José, Alegre, do Hospital. Porém, nenhum desses nomes era oficial. Em 1820, nela se localizavam os três principais edifícios da cidade: o Palácio, a Igreja Paroquial e o Palácio da Junta.
SOBRE A HISTÓRIA
De acordo com informações em 1843 foram colocadas, pela primeira vez, placas indicativas nas ruas da cidade, e o nome Rua da Igreja foi adotado. A denominação de Rua Duque de Caxias só foi adotada no final de 1869, quando os vereadores nomearam uma comissão para angariar fundos para o seu calçamento, pois se tratava de uma rua nobre, frequentada pelos estudantes do liceu e da Escola Normal, e por famílias aristocráticas da cidade.
No final do século XIX, o ajardinamento de três praças – Praça da Matriz, Praça Conde de Porto Alegre e Praça General Osório – em três pontos distintos da Rua Duque de Caxias, concorreu para seu embelezamento. A partir de 1909, com o estabelecimento dos bondes elétricos, foi implantada a linha circular Duque.
Sua primeira menção oficial é de 30 de junho de 1829, em ata da Câmara Municipal, onde ela consta com seu primeiro nome, Praça do Portão, reminiscente do local onde ainda antes daquela data havia o portão da Vila de Porto Alegre, e que na época já não existia mais. Originalmente possuía apenas três grandes figueiras plantadas pelo comerciante José Canteiro, para darem sombra aos cavalos dos seus fregueses.

Quando a Companhia Hidráulica Porto-Alegrense iniciou suas atividades de distribuição de água, instalou na praça um de seus chafarizes públicos e, em 1869, um requerimento do vereador José Antônio Rodrigues Ferreira solicitava seu ajardinamento. Entretanto, as melhorias não aconteceram de imediato, só iniciadas bem depois da alteração de seu nome para Praça General Marques, em 6 de setembro de 1873, e só completas em 1886.
Em 11 de outubro de 1912, o intendente José Montaury mudou sua denominação outra vez, passando a ser conhecida pela atual, e determinando no mesmo ato a transferência para ali do Monumento ao Conde de Porto Alegre, que estava instalado na Praça da Matriz, embora sua remoção tenha gerado protestos na imprensa.
Em 1919 sua topografia foi reformulada, diminuindo-se a declividade do terreno. Na administração do prefeito Telmo Thompson Flores (1969-1975) o espaço sofreu nova reforma, para a construção do Viaduto Loureiro da Silva, restando apenas uma parcela de sua área primitiva.
Em 2007 a praça foi recuperada pela prefeitura, recebendo nova pavimentação no entorno e nos passeios internos, gradeamento, iluminação e pintura de seus equipamentos de lazer, além de melhorias na rede de captação pluvial.

Alberto Pessoa (novaimagemrevista.com.br)

 

http://novaimagemrevista.com.br)