O dinheiro foi usado em despesas como diárias, passagens, plano de saúde e manutenção e abastecimento de viaturas.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento estão foragidos desde 14 de fevereiro, quando abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006.
Um levantamento feito pela GloboNews, por meio de dados obtidos pelos três órgãos, mostra os valores gastos para a tentativa de recaptura.
- Polícia Federal: R$ 497.812
- Senappen: 372.218,62
- Força Nacional: 1.245.549
- Total: 2.115.579
No levantamento, a PF divulgou gastos totais de R$ 493.162 e uma diária de combustível de aeronave, o que deu o total de R$ 497.812. Já a prestação de contas da Senappen apontam R$ 114.606 gastos em passagens, R$ 205.607 em diárias e R$ 52.005 com combustível. Os gastos da Força Nacional envolvem R$ 1.026.188 em diárias, R$ 115.446 com frota e R$ 103.914 em plano de saúde.
No levantamento da GloboNews, não foi considerado salários dos agentes envolvidos nas buscas nem custos como alimentação, por exemplo.
Esta sexta (29) marca o último dia do uso da Força Nacional nas buscas pelos fugitivos. O uso da Força Nacional havia sido renovado, em 20 de março, por 10 dias. A Força Nacional é composta por policiais e bombeiros militares, além de policiais civis e peritos.
De acordo com a Senappen, as próximas ações na operação em busca dos fugitivos terão um mudança de estratégia, com o uso das forças locais, como as polícias Militar, Civil e Judiciária. Segundo o titular da Senappen, a Polícia Federal também manterá a investigação.
A fuga
Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas. Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e são do Comando Vermelho.
Esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).