Nas minhas andanças pelo Sertão, o que liga é Campina e Pombal…
Na estrada abro os portais da saudade, da gratidão e da esperanca.
Saio de Campina e me deparo com os hotéis que meu pai frequentava, enquanto motorista, ao lado de meu avô Pedro Marques e meu tio Marcos Dunga – na narrativa de meu pai eu conseguia sentir os sabores.
Chegando em Soledade, vem a lembrança de uma terra, Espírito Santo, e de um povo amigo.
Segui em Juazeirinho – nossos caminhos se juntam numa conversa boa.
Vejo a entrada de Taperoá e a saudade me chama para entrar e rever os amigos de tempos atrás, quando fui gerente do Banco do Estado da Paraíba (Paraiban) – me deu régua e compasso.
No Junco, comprei a castanha para comer e lembrei o que meu pai disse:
– “Um dia você vai cruzar esses caminhos, com seus filhos, e cobre a eles o que lhe falei. Esses caminhos eu passei com meu pai e, quando você passar com seus filhos, fale a eles de nosso amor”.
Chega Serra, olho a cachoeira onde os caminhões paravam para ver a sua cheia. Em Santa Luzia havia Antônio Ivo, Nerinho, Zezé na casa de Félix, e Nazaré, com sua acolhida fraternal.
Em São Mamede é hora de uma parada para tomar coalhada.
Patos, saudades de Zé Eduardo e Joaquim, Socorro e Maria José Marques – sentir o calor que sopra do coração sertanejo.
Bora, Santa Gertrudes, e Malta, e a história da curva da virada de Dunga, onde o destino muda e o faz Governador da PARAÍBA.
Hora de ver o açude de Condado – era parada para comer um peixe na peixaria.
São Bentinho tá mudada e grande. Chegando na entrada de Pombal, vejo as torres da igreja do Rosário…
Deixa eu chorar, mas, hoje, vou ver tios, primos, parentes, amigos. Quero tomar umas, matar saudades, agradecer a Deus a vida, e ter esperança na hora da nova vinda.
Dunga Jr
De um dia de Domingo 09/07/23.