Ricardo Stuckert/PR

Lula declara guerra a militares após vazamento: “Não vai ter golpe”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou a aliados que vai fazer uma profunda reformulação nas Forças Armadas e declarou guerra a militares chamados de golpistas. O petista se sentiu traído com o episódio do vazamento do vídeo com a presença do ex-ministro Gonçalves Dias dentro do Planalto em 8 de janeiro e a culpa caiu nos militares.

“Ninguém tem dúvida que foi um militar que vazou. A intenção de parte das Forças Armadas é desestabilizar o país”, contou à coluna um ministro do governo. “O Lula perdeu a paciência e já avisou o Múcio que a reformulação será grande”.

A aliados, o presidente vinha dizendo que era preciso reconquistar a confiança de militares, mas a paciência dele acabou. Na última quarta-feira (19) o próprio Lula avisou que não será mais complacente com quem for golpista. “Se eles querem guerra, vão ter guerra e vão perder. Não vai ter golpe e o presidente sou eu”, avisou.

Lula ainda não sabe o que fará exatamente. Porém, a primeira ordem é identificar todo militar que seja bolsonarista e afastar ao máximo de funções próximas ao governo federal. Além disso, membro das Forças Armadas que emitir opinião política deverá ser punido exemplarmente. “Foi isso que o presidente ordenou ao Múcio”, revelou uma fonte.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião ministerial dos 100 dias de governo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula perdeu a paciência após ficar claro que o vazamento das imagens foi praticado por um militar. Tanto que ele cogita acabar com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) por considerar que houve quebra de confiança e porque a Instituição está contaminada por militares.

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