“A vida me reservou coragem, muita força para viver” (Dunga Jr, 2007).
Deparo-me, em 2021, com o desafio que tem como meta “Salvar vidas no trânsito”. E, nesse sentido, trago o texto publicado na Revista Neat, da STTP-CG, de dezembro de 2022:
“…e o que mais me deixa intrigado é que estamos falando de dados do ano passado, para tomada de decisão hoje, mais de ano após, e essa decisão diz sobre acidente no trânsito com óbito…”
Como vamos saber o que aconteceu no mês de maio do ano passado, na Rua Rodrigues Alves, no bairro da Prata, que ocasionou quatro acidentes em 30 dias?
Qual teria sido a causa dos acidentes ocorridos na Avenida Assis Chateaubriand, nos meses de abril, maio e junho do mesmo ano, com vítimas fatais, que não constam no registro da estatística ora apresentada, porque este número é diferente desse outro, divulgado pelo órgão responsável por dados de vítimas de acidentes de trânsito?
O mundo falando que “Data Analytics é a ciência de examinar dados brutos, com o objetivo de encontrar padrões e tirar conclusões sobre essa informação, aplicando um processo algorítmico ou mecânico para obter conhecimento. Isso significa mapear tendências e padrões que revelem inputs significativos, auxiliando na tomada de decisões. Uma estratégia eficaz de data analytics permite que as empresas ajam com base em análises automatizadas e em tempo real. Se, antes, as análises partiram de bases de dados extremamente limitadas, hoje, chegamos a um nível em que praticamente todo tipo de informação pode ser usada.”
Encontrava-me exercendo a função de Gestor na Superintendência de Trânsito e Transporte de Campina Grande-PB, no mês de maio de 2021, precisamente no dia 26, quatro meses e 20 dias após assumir o cargo de superintendente, e precisava de respostas para minhas interrogações diárias.
Numa troca de mensagens com o agente de trânsito 171, Jeffferson Arruda de Farias, marcamos uma reunião e escalamos um time para o relato de nossa angústia, onde compartilharíamos a ideia de criação de um comitê ou núcleo, para análise de acidentes de trânsito na cidade.
Quando “todos se juntam com um objetivo comum”, fundamento maior para formação de um Time, podemos partir para as estratégias e plano de ação. Isso foi decisivo para atingir o objetivo de, com ousadia e muita determinação, dar início ao Núcleo de Estudos de Acidentes de Trânsito – NEAT.
Conectar instituições, tecnologias e pessoas, em busca da precisão dos dados, foi fundamental. Lançar a ideia para os órgãos que se somariam para obtenção do êxito já definido, foi o passo seguinte.
SAMU, PRF, CORPO DE BOMBEIROS, CPTRAN E HOSPITAL DE TRAUMA: era imprescindível essa conexão para a realidade dos dados. É possível, sim – quando há comunicação, o papo é reto e a visão sistêmica se dissemina em todos e por todo o processo.
Fundamental era não desistir e fortalecer crença e valores, em busca dos resultados que apareciam e orgulhavam a todos – onde salvar vidas já era possível -, vislumbrados em curto, médio e longo prazo.
Trabalhando com ferramentas de Business Intelligence, como Power BI, por exemplo, e com a conexão das instituições, podemos avançar em tecnologias que compartilhassem dados em tempo real e as análises desses dados fossem comparticipadas com uma comunicação transparente, gerando resultância eficiente e transcendente ao esperado.
É ação “Just in time”; é salvar vidas na essência; é transitar nos pilares do Pnatrans; é ter visão zero. É isso, não precisa inventar a roda, é necessário fazer a roda rodar; adaptar-se aos dias, entender e ouvir todos, agir com precisão, pois a tela. em debate era a morte e o contraponto salvar vidas.
Carlos Dunga Jr.
De um dia de domingo 16/04/23