Hospital Metropolitano abre os corredores da unidade para nova forma de visita do projeto Terapet
Desde junho de 2022, os pacientes do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB SAÚDE, recebem visitas do projeto Terapet na unidade, mas para a surpresa de todos, a visita desta sexta-feira (31) foi diferente. Com o intuito de aumentar a participação dos pacientes, acompanhantes e colaboradores, a visita dos cães terapeutas, que se restringia ao espaço do auditório, foi realizada pelos corredores das enfermarias e do ambulatório da unidade hospitalar.
A ideia da nova abordagem, segundo a coordenadora de psicologia que atua no projeto, Vaneide Delmiro, é poder alcançar os pacientes que não podem sair dos leitos. “Temos pacientes que estão aguardando uma visita médica e não podem se deslocar até o auditório, então entendemos que dessa forma poderemos atingir não só mais pacientes e familiares, como a própria equipe que no momento da visitação não pode deixar o posto para participar da terapia assistida com os cães”, explicou a psicóloga.
Para Elisângela Leite, mãe da pequena Ana Beatriz, de 3 anos, que está internada no Metropolitano para tratamento neurológico, o momento da visita foi muito especial. Ela contou que a filha não costumava se aproximar dos cachorros que tem na casa da avó, pois tinha medo e no Metropolitano ela teve outra reação, felicidade.
“Eu achei esse projeto muito importante, foi um momento de diversão para ela, alegrou a nossa rotina aqui. Deu pra ver que ela foi perdendo o medo aos poucos e acho que agora ela não vai mais precisar ficar no colo quando for na casa da minha mãe e nem os cachorros vão ficar trancados”, relatou Elisângela.
Quem também adorou a nova forma de visita foi a enfermeira generalista Joyce Maciel. Ela estava em seu plantão quando viu os pets passando pelo corredor e não perdeu a oportunidade de dar e receber um pouco de carinho. “Eles são muito dóceis, essa já é a segunda vez que tenho a oportunidade de presenciar a visita dos cães e vejo que eles trazem uma boa sensação, tanto para nós profissionais, quanto para os pacientes. Essa visita é uma forma de renovar a nossa espiritualidade no ambiente hospitalar, e isso é muito importante”, expressou a enfermeira.
O simples ato de acariciar e interagir com estes animais aumenta a produção de endorfina, segundo a fundadora do Terapet, Kariny Quidute. “Estudos científicos já comprovaram que o contato com os pets ajuda a liberar os chamados “hormônios do bem”, é nítido que quando chegamos o ambiente muda totalmente e você vê as pessoas sorrindo, a alegria toma conta e todo mundo quer fazer um pouco de carinho e interagir com nossos cães terapeutas”, afirmou a Karine.
No que diz respeito a higienização, ela garante que é feita, no máximo, até 24 horas antes da visita. “Quando o cão é escalado para fazer a visita, ele toma o banho no máximo 24 horas antes do horário agendado para a chegada no hospital e, após o banho, não realiza mais passeios para que não haja contaminação. Quando ele chega em casa já faz outra higienização também”, frisou a fundadora do projeto.
Waléria da Luz veio do município de Ingá ao Metropolitano, nesta sexta-feira (31), como tutora do Vereador Stone, um dos cães terapeutas que participa do projeto. Ela contou que a animação para chegar na unidade hospitalar toma conta, tanto dela, quanto do Vereador, assim que entram no carro para embarcar na viagem de aproximadamente uma hora até o Metropolitano.
“Nossa esse projeto é encantador, a gente já sai numa expectativa muito grande. Quando ele chega aqui já se transforma, fica mais ativo e mais contente, porque ele sabe que vai encontrar com crianças que vai trazer alegria e os animais sentem essa troca, é bem gratificante fazer parte desse projeto, maravilhoso mesmo”, contou a voluntária.
Quem tiver interesse em inscrever seu pet como voluntário do projeto pode entrar em contato com os organizadores através do instagram @terapetoficial e clicar no link que está fixado na biografia do perfil para preencher o cadastro. De acordo com Kariny Quidute, após receber o pedido, a equipe do projeto vai avaliar se o cão tem perfil para ser terapeuta e, em seguida, entrar em contato para agendar uma avaliação presencial.
“O perfil que procuramos é de cães dóceis e sociáveis, com o protocolo vacinal em dia, atestado de saúde veterinário e também precisamos que o tutor esteja com as vacinas da Covid em dia, tenha disponibilidade de horário e transporte, porque o projeto infelizmente ainda não tem ajuda de transporte e nos locomovemos muito com com animais”, esclareceu Kariny.