À Glória, Maria Brasileira de Todos Nós
Traduziu e representou uma nação, quando se tratou de disrupção, em anos de ditadura. Passeou com maestria entre o preconceito, o desafio, a ousadia e a inovação, com a linguagem .0.
Em propósito, a sua performance sempre foi a de desbravar com o conceito de liberdade na essência.
A primeira transmissão ao vivo para a TV e o voo de asa delta mostram a inovação e a descontinuação detalhada, na pós-modernidade, da mulher negra, sem precisar cobrar, mas se permitir altiva e digna.
Na denúncia do gerente do hotel, fez o BO sem precisar convocar poderes extraterrenos e, sim, invocando seu próprio ser, que se revestia de todos os que comungavam do sentimento de resistência, e sua grandeza era revestida e protegida em luz, na áurea mais forte do anjo do bem.
Percorrer o mundo sendo, na essência, brasileira, levou a todos nós, viajantes de sonhos, compartilhar traços e sentimentos, de mãos dadas com suas aventuras e descobertas.
Sentir, na sua aparição na TV, parte da sala, do quarto, da reunião, da rua, era a forma mais singular de sua presença – ser Glória Maria do Brasil, de todos nós.
Anjos, arcanjos, luz e luz, assim serão as marcas dessa grande mulher, mãe e brasileira.
Uma geração de mais de meio século terá uma história, Glória, e um exemplo Maria para contar.
Neste domingo, fica registrada minha mais humilde homenagem, repleta de verdade: a uma brasileira, Glória, uma mulher, Maria!
De um dia de domingo 05/02/23
Dunga Jr