Uma multidão prestigiou no início da noite deste sábado, 30, no ginásio da AABB em Campina Grande a última plenária da série que o PSB promoveu em vários municípios da Paraíba, começando por João Pessoa. O governador João Azevêdo chegou ao local bem humorado e até brincou que o nome mais misterioso de sua chapa poderia ser anunciado naquele evento. Não foi. A plenária serviu como uma oficialização do seu vice, Lucas Ribeiro (PP) e da pacificação entre Progressistas e Republicanos que lutavam para ter o direito de indicar o vice.

Uma das lideranças a discursarem foi o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos) que garantiu o apoio do partido à reeleição do socialista, apesar de não ter ficado com a vice na chapa: “Um jornalista me perguntou quando eu cheguei se eu seria o vice de João e eu respondi que não. Meu vice é Lucas. E eu digo isso de coração aberto porque acredito e confio no projeto político do governador João Azevêdo que me fez esse pedido e o momento agora é de unir forças. Ele pediu que os Republicanos aceitassem Lucas como vice e nós atendemos seu pedido. Os Republicanos são seu porto seguro. Somos nós que estivemos com você em 2018 e garantimos sua vitória. Somos nós que damos sustentação política ao seu governo durante os quatro anos e somos nós agora que estamos fazendo esse gesto de confiança e lealdade, de quem ama a Paraíba e os paraibanos”, destacou Adriano.

Alguns prefeitos, como Cícero Lucena (PP) e pré-candidatos a deputado, a exemplo de Ricardo Barbosa (PSB), além do vice prefeito de Campina Grande, Lucas Ribeiro, pré-candidato a vice na chapa de João e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) também fizeram discursos. No caso de Aguinaldo, ele representou também a irmã que não pôde comparecer, mas enviou um vídeo declarando seu apoio a João Azevêdo.

Finalizando a plenária, foi a vez do governador João Azevêdo agradecer a mobilização da militância que lotou a AABB: “Uma cidade que tem grande no nome não poderia fazer um evento pequeno e essa foi a maior plenária que tivemos”. Ele também lembrou de momentos tensos de seu mandato, como o início da pandemia quando teve que baixar decretos com medidas restritivas: “Alguns companheiros me pediam para não fazer aquilo e diziam que eu iria me desgastar politicamente. Mas, eu respondia que eu iria me desgastar se morresse mais um paraibano. A gente tem que ter coragem para fazer gestão pública”, resumiu o chefe do executivo paraibano.

João acrescentou que seu governo trabalha por todos os municípios e não apenas por aqueles cujos prefeitos são seus aliados: “Temos feito creches, travessias urbanas em quase todos os lugares sem perguntar se o prefeito nos apóia ou não. Entregamos 213 creches para 213 municípios e evidente que nem todos esses prefeitos me apóiam. Mas, eu não faço creche para prefeito. Eu faço creche para crianças”.

Mais uma vez, o governador paraibano citou que sua gestão privilegia a harmonia entre os poderes: “Essa Paraíba de guerra, de ódio, de picuinha e de disputa constante foi enterrada. Vivemos um novo tempo da harmonia respeitosa entre os poderes. A relação entre nós é de extremo respeito. Ouvimos uns aos outros sem radicalismos. Não podemos admitir o extremismo, não podemos dizer sim ao ódio. Vamos dizer sim ao amor, à capacidade de sentar com uma pessoa que pensa diferente da gente e sair dali sem agressão. A violência não caminha na mesma estrada da democracia. Essa é a nova política que está na Paraíba. E eu não chego de páraquedas. Não somos um governo de palavras bonitas, apenas. O governo que eu represento é o governo do Centro de Convenções de R$ 120 milhões que está sendo feito, do Centro Integrado de Controle e Monitoramento da Segurança Pública, da implantação da alta complexidade no Hospital de Trauma, que implantou também um ambulatório para travestis e transexuais porque elas merecem respeito. O governo está fazendo o Arco Metropolitano, que reabriu o Escritório de Representação de Campina Grande, que teve a capacidade de investir nestes três anos mais de R$ 1 bilhão nesta cidade. É assim que demonstramos respeito e podemos andar de cabeça erguida”.