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Aqui em Campina se faz o Maior São João do Mundo.

POR-Dunga Junior- O ano é 2022: após a pandemia e a interrupção do evento por dois anos, sua retomada merece uma grande reflexão, não podendo nunca deixar de se rever os dados históricos.
Foi assim, lá na sua criação, que disse o Poeta Ronaldo Cunha Lima: “Precisava Campina dum evento, um marco inusitado, um fato novo. Em vez de um lamaçal, Parque do Povo, imenso e triunfal empreendimento. Drenagem, cavação, pedra, cimento, aterro, ferro, brita; a lama movo, da luta desigual não me demovo, o destemor do inédito alimento. Hoje, Parque do Povo no apogeu, tenho orgulho da gente que o ergueu, dando ao poeta o sonho mais fecundo. Pela força da fé que Deus me deu, Campina Grande muito mais cresceu, ao nascer o Maior São João do Mundo!”.
A grande arena que abriga mais de 100 mil pessoas na sua retomada, transborda energia, inovação e confraternização dos tempos, passado e futuro, reinventado e atualizado; a cidade se abre para mostrar, no seu receber, o prazer de devolver a quem a visita o orgulho de sua estada, seja na noite dormida, na degustação do sabor da comida, no trabalho do artesão, nos serviços aqui prestados, na pujança do comércio tropeiro, na feira, na praça, no açude, nas ruas, nas cores, nas flores, nos cantos e contos, por Campina mostrada.
Como cantou Jackson do Pandeiro, “Alô, alô, minha Campina Grande, Quem te viu e quem te vê, Não te conhece mais, Campina Grande tá bonita, tá mudada, Muito bem organizada, Cheia de cartaz…
Tão atual, por todos cantada, o TIKTOK, Piseiro, Sofrência, Sertanejo e Eletrônico, é e sempre será ousado e atual, expressar o novo modo de dizer “Olha pro céu meu amor…” ou, ainda, “Já é madrugada, até agora nada, meu bem não aparece…”.
É o encontro de gerações que, no mundo horizontal, comunica-se na velocidade do agora, papo reto e verdade.
O também poeta Raimundo Yasbeck Asfora, numa visão da Campina de então, diz: “Riqueza da terra que tanto se expande. E se hoje se chama de Campina Grande…”, antevendo o crescimento sem fronteiras da Terra da Borborema, da terra universitária, terra das indústrias, terra do comércio, entreposto, centro médico, do berço de muitos com a maternidade municipal, da feira, do movimento cultural das aves de prata, dos tropeiros da Borborema, da capital do trabalho.
O São João se torna o maior do mundo, por estar aberto, permitir e convocar todos para ser Grande como Campina, onde o respeito e a fé são fundamentos para sobrevivência, onde, na caminhada ao redor do Açude Velho, possa contar e marcar na história o orgulho de ser Campina.
E deixar marcado para todo o mundo, declamado e gravado na alma, também Ronaldo Cunha Lima, que enaltece: “Campina Grande, sorrindo, abre as portas da cidade: ao chegar, seja bem-vindo; ao partir, leve saudade. Hospitaleira e sincera, Campina é sua, de graça. Você saindo, ela espera; você voltando, ela abraça.”
Nós fazemos o Maior São João do Mundo.