Quando o menos é mais…
Essa frase “o menos é mais”, é muito usada no dia a dia – passei a observar por quem era utilizada e como era empregada. Observei que vários seres humanos que utilizam seu perfil mereciam uma análise mais detalhada e, desde então, entendi por que seria empregada nos detalhes.
Seria por alguns terem notado que não se precisa muito descobrir novamente a roda, a energia, o telefone e a internet, e, no mínimo, se adaptar à visão de um mundo onde a informação é horizontal, e estamos vivendo num constante aprendizado, onde ouvir mais significa poder realizar muito?
Seria por alguns precisarem aprender que a chuva caída precisava ser guardada? Que a ganância de tapar o rio iria provocar o caos na chuvarada do próximo inverno?
Que desmatar e queimar a floresta, a mata, a caatinga, o pasto, iria mexer com o caminhar das quatro estações?
Seria por alguns menosprezarem o dizer dos ditos mais experientes, traduzidos em expertise de um mundo líquido, em constante ebulição, plantar a teoria na tese nunca mais lida, depois da apresentação no trabalho de conclusão do curso, que não foi objeto do processo que se desempenha como desenvolvimento profissional nem pessoal, hoje arquivada nas academias frias e esquecidas das pesquisas da rede de internet?
Seria para outros a indecência de se esconder em famosos fakes, no sentido de engajar e divulgar a inverdade mantida como ordem, em desfavor à verdade que se checa em menos de 15 segundos de pesquisa séria, na fundamentação do papo reto?
Ainda há os que, por se acharem fundadores do átomo, aqueles que nunca descem para a realidade da vida vivida, continuam no matrix, sem definir a cor da pílula a tomar, ou tomam as cápsulas de acordo com a escolha da roupa vestida na onda da última moda, que se acaba mais rápido que a moda de ontem e a de amanhã.
Sim, tenho que respeitar aqueles que apontam o defeito do próximo sem aproximar e temer a própria análise do seu eu – esses continuam a achar que o menos é mais, sem nunca saber o tamanho do menos, nem a largura do mais.
É… fica a dica: procura fazer um bolo de leite, olhar o nascente e o poente de um dia; o sabor de uma fruta verde e madura; sentir o cheiro da água na correnteza de um rio; tomar um banho de chuva com os olhos abertos; sentar para uma conversa sem pressa; ouvir na essência a criança, o jovem e o idoso; respeitar, perdoar e agradecer.
Daí, uma conclusão: o menos terá o tamanho que você quiser e o mais será também do tamanho que você quiser – o principal disso tudo é a eficiência e o resultado baseado no bem, que atende o bem e fará cada vez mais bem, na construção do dia bom, no crescimento do próximo, no salvamento do outro, na recuperação da vida, no fortalecimento do amor.
Carlos Dunga Jr
Reflexão de um dia de Domingo 05/06/2022
É bem por aí…. falou tudo o que eu penso. A vida é passageira demais pra gente não querer viver o simples.
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