Cada dia olho, escuto e desenho os perfis de líderes de hoje, quer eles estejam participando de um reality da atualidade; da moeda cripto lançada no último mês; realizando a atividade política do partido (qual a sigla nasceu no último minuto?); do que faz da guerra um game de joystick- sem o comando Z; do que lançou a religião em moda, sem nunca ter lido o Livro Maior; e do que nunca liderou nada e se acha líder soberano.
Ensina a literatura do .0 – (1,2,3,4 e 5), que sabe lidar com as diferenças, traduz um dos principais princípios éticos e morais de um grande líder. Dentre os modelos acima relatados, presencio a autoridade prevalecer; o poder sobrepor a ordem; o extremismo querer amordaçar a fala e até a fé, pregada por alguns, ser objeto de discórdia e desunião.
No tocante à inteligência emocional e ao equilíbrio entre razão e emoção, observo algum descontrole que beira a mais soberba ignorância, levando o conceito de manada, hoje monitorada por robôs – o algoritmo perfeito na lógica que dita regra, conduz, patrocina e elege o vencedor do reality show, e manuseia os passos de muitas vidas.
O foco no resultado supera cada vez mais o que satisfaz e comunga com a eficiência em favor de interesses pessoais, mesquinhos, coletivos, de ideais soberbos em detrimento ao bem comum e ao benefício de todos.
Quando a literatura mais contemporânea discutia o mundo líquido, e o foco nas pessoas como meta em benefício de uma sociedade rumo ao momento bom, deparamo-nos com a guerra que desabriga, mata, devasta vidas e faz de retirantes em fuga a família que tinha lar e teto.
Inovação – quanta esperança neste que parecia ser o caminho desenhado por uma geração startup, empreendedora, que se redesenhava em moldes de sucesso e rapidez de memórias (terabytes em desempenho e espaços ocupados por pessoas em seu home office, com resultados surpreendentes em disputados espaços IOT, em que o homem se tornava observador dos passos em compassos largos).
Fica a dica sobre o respeito às habilidades pessoais, aquelas que advêm de um ser chamado “humano de verdade e essência”, aquele que derruba farsa e salva vidas, excomunga o fariseu e liberta almas e luz, que antes de olhar o outro enxerga a si mesmo, que dá a mão ao próximo sem cobrança nem castigo, que ensina o caminho sem mexer no roteiro, que joga em time sem sabotar o próprio jogador, que se orgulha do sucesso do outro sem a mediocridade da inveja, que também não se auto sabota em desfavor da vantagem própria – esses são os verdadeiros Líderes; os outros, continuarei o desenho, pois, no final da imagem, hoje, não sei, eu, como classificá-los.
De um dia de Domingo
01/05/2022
Como não se sentir sacodido depois de um texto desse? Chá de se acorde maior eu nunca vi! Mais um texto que revira as entranhas! Obrigado Dunga, mais uma excelente reflexão! Você é um líder nato
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