PROSTITUTAS
(Elas são essenciais)
Desde quando mundo é mundo
Que elas são absolutas,
Muitas vezes condenadas
Julgadas pelas condutas,
Tidas como messalinas
Raparigas, concubinas
Meretrizes, prostitutas.
Tem um histórico de lutas
Travadas por seus direitos,
Que são vilipendiados
Envoltos de preconceitos,
Como se a sociedade
Tivesse a moralidade
De repugnar conceitos.
Mas mesmo assim tem aos eitos
Sem ligar para essas regras,
Vendem prazer, são amadas
No bem-estar das refregas,
Não se importam das falácias
São providas de audácias
São famintas nas entregas.
São procuradas sem tréguas
Pelos desacompanhados,
Ou por aqueles que não
Encontra mais os agrados
Nos casamentos falidos
E vão pra ser possuídos
E literalmente amados.
Nem que seja alguns agrados
Vale o momento e o riso,
O cheiro delas seduz
Torpece qualquer juízo,
Que a gente quer flutuar
Pensando na hora estar
Vagando no paraíso.
Por isso hoje é preciso
Fazer uma saudação
A Estrela, Dona Beja
Também Hilda Furacão,
A Madame Pompadour
A linda Belle de Jour
Que fizeram ebulição.
Nessa mesma exaltação
Teve Surfistinha aqui,
Em París com seus talentos
Tivemos a Mata Hari,
Temístocleia na Grécia
La na Itália Lucrécia
E na França Bovari.
E assim termino aqui
Enaltecendo as demais,
Mulheres de vida dura
Mas tão feliz no que faz,
Por isso digo profundo
Desde quando mundo é mundo
Que elas são essenciais.
Poeta cordelista
Rena Bezerra