Sexo após a menopausa: dicas para manter a vida sexual ativa e feliz
Especialista explica quais são as modificações que podem acontecer no corpo e no sexo nesta fase da vida
Xuxa , em entrevista à revista Marie Claire deste mês, contou detalhes de sua vida íntima e afirmou que encontrou a liberdade sexual aos 50 anos. Para muitas mulheres a menopausa pode representar um período assustador, do fim do sexo e da libido . Por isso é muito importante entendendo como esse processo
Durante a menopausa, o corpo da mulher fica suscetível a mudanças físicas e emocionais, como queda de cabelo, insônia, ondas de calor, perda do tônus muscular e da lubrificação vaginal. Com isso o sexo pode também passar por algumas alterações.
“O sexo pode mudar durante a menopausa. Pode haver uma queda na libido, ressecamento vaginal e, por isso, dor e dificuldade com a penetração. A questão da autoestima e do estresse, fatores que acompanham esse período da vida, podem influenciar no emocional e também no modo que o relacionamento afetivo e sexual ocorre”, explica Gabriela Daltro, psicóloga e terapeuta sexual, com formação em gerontologia.
Apesar das transformações deste período, Gabriela explica que é possível ter uma vida sexual ativa e redescobrir novas formas de se relacionar. “As mulheres tendem a olhar mais para si mesmas, é um período de vida de uma grande reavaliação da própria história e também da vida sexual”, explica.
VOCÊ VIU?
“Existe um tabu que a velhice e a maturidade sao vistas como um momento assexuado, mas isso vem mudando cada vez mais. É possível ter uma vida sexual até o último segundo de vida, o que importa é a disposição física e emocional”, diz.
Pensando na saúde sexual da mulher madura, o iG Delas selecionou algumas dicas para manter a vida sexual ativa e com qualidade após a menopausa.
Lubrificação sempre!
Da mesma maneira que os homens mais maduros podem ter diminuição no tempo de ereção, as mulheres podem experimentar um ressecamento vaginal com a queda da produção hormonal. Esse sintoma pode dificultar no momento da penetração. Gabriela aconselha a utilizar sempre lubrificantes à base de água durante as relações sexuais. “É importante ter uma relação sem dor, que seja confortável”, diz.
Não esqueça da camisinha
Apesar de não haver mais a preocupação em engravidar, é necessário se proteger contra as ISTs. Segundo o Ministério da Saúde, as mulheres acima dos 60 anos são a faixa etária feminina que mais cresceu contaminada por HIV durante os anos de 2007 e 2018. Por isso, é importante usar métodos preventivos, como camisinha feminina e masculina, e fazer exames regularmente.
Nem tudo é penetração
“Vale a pena explorar toques e orgasmos não só com a penetração, para abrir novas possibilidades de prazer a mulher pode brincar com clitoris e explorar o próprio corpo”, afirma a especialista. Uma dica são os estímulos ou a massagem corporal, além de utilizar acessórios sexuais durante o sexo ou a masturbação.
Fortaleça o assoalho pélvico
A saúde da região do assoalho pélvico –estrutura muscular na região baixa do abdômen que sustenta órgãos como a bexiga, útero, reto e intestino — garante a melhor qualidade sexual durante o envelhecimento. Durante os anos e com a queda da produção hormonal, o assoalho pélvico tende a perder seu tônus muscular. Gabriela aconselha realizar exercícios de fortalecimento e buscar um fisioterapeuta pélvico. Os exercícios ajudam na prevenção da incontinência urinária e aumentam o prazer durante os orgasmos e a lubrificação.
Explore-se
“Na maturidade, momento após a menopausa, muitas pessoas procuram novos parceiros, muitos estão divorciados e viúvos e usam aplicativos de relacionamentos voltados para essa faixa etária”, conta Gabriela. Para a especialista, a menopausa é o momento que a mulher tem para se reconectar e redescobrir novos gostos sexuais. Por isso, ela aconselha a explorar sua sexualidade e redescobrir o seu corpo. “Faça sexo sozinha, acompanhada, experimente fantasias que você goste”, diz.