Meu avô, o Sr Manoel Travassos da Luz, conhecido por Seu Nezim Da Luz foi meu Pai duas vezes, Pai e Avô, é ele para mim meu estadista, meu ídolo, um exemplo de homem a ser seguido por isso que meu primeiro filho, botei o nome dos meus avós (Francisco Manoel).
Meu avô ensinou-me três coisas completamente distintas, que só o tempo me faria entender a grandeza daqueles ensinamentos. Ensinou-me a fazer um CABRESTO , a dar um NÓ DE GRAVATA, e quando da semana Santa, domingo de Ramos, a fazer uma CRUZ de palha de coco que era uma verdadeira obra de arte, uma perfeição.
Hoje vejo que o CABRESTO era à época, essencial aquele aprendizado, pois filho/neto de fazendeiro seria inconcebível chegar a administrar uma propriedade sem aquele conhecimento, O NÓ de GRAVATA era para que se um dia eu viesse a ter alguma representatividade, alguma liderança, ou mesmo um trabalho, não ficasse a mercê de ninguém para a realização de uma coisa tão simples. e finalmente a CRUZ para que eu soubesse que a fé em DEUS é elemento essencial para que se tenha uma vida de PAZ e AMOR.
Moral da história : Precisei, para sobreviver, fazer uso de todos os três ensinamentos ao pé da letra, por isso digo que :
HOJE DEITO E ESCUTO MEU AVÔ
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Hoje eu deito e escuto meu avô
A dizer-me bem sério, a meditar:
SÓ O TEMPO É QUEM ENSINA, MEU SINHÔ
E eu tão novo não quis acreditar
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Se escutasse o que vovô dizia
No café no almoço e no jantar
Com certeza eu menos sofreria
Se hoje sofro, não posso reclamar.
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Mas como é que eu iria imaginar
Que um homem sem saber nem soletrar
Pudesse de alguém ser professor?
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Hoje vejo quão grande seu saber
Onde esteja vovô, me ouça dizer:
SÓ O TEMPO É QUEM ENSINA, MEU SINHÔ !