O secretário-executivo da Administração Penitenciária, Sargento Dênis Soares (PV), foi ousado em uma entrevista concedida hoje à tarde à Rede Paraíba Sat. Ele desafiou o advogado Roosevelt Vita, ex-secretário da Controladoria Geral do Estado no Governo Maranhão III a entrar no ar para defender a legalidade da chamada PEC 300 da Paraíba, sancionada pelo ex-governador no sábado que antecedeu à realização do segundo turno das eleições estaduais.
Em sua explanação a respeito da impossibilidade financeira e jurídica do pagamento da PEC 300, Dênis chegou a comparar a concessão do benefício em período eleitoral a uma mãe que não sabe estabelecer regras para seus filhos. Segundo ele, pagar a PEC seria a mesma coisa que a mãe permitir a um filho pequeno que ele “metesse o dedo em uma tomada” somente porque aquela era a vontade dele.
– Um líder não diz apenas sim. Ele tem que dizer que às vezes não dá! Não há legalidade. Eu não vejo nem o Coronel Francisco dizer isso. Nem outras pessoas que são mais inimigas dizem que essa PEC é legal. Nem Roosevelt Vita eu vi defender. Eu desafio Roosevelt Vita a ligar para cá [para a rádio] e defender juridicamente a PEC. Querem fazer uma situação como se fosse botar um revólver no peito de um cidadão e obriga-lo a entregar R$ 10 mil. É a mesma coisa. Se houvese dinheiro e legalidade, seria pago, mas não tem. Lamento porque quando ele abre a boca para defender a PEC, parece que um dos dois – eu ou ele – estamos mentindo, ou estamos enganados.
A respeito da argumentação de Major Fábio, para quem há folga financeira para o pagamento da PEC, Dênis foi implacável:
– O Major Fábio tem o curso de formação de oficial. Ele não é formado em Direito. Não acho que seja maldade, mas ele está mal assessorado. Ele deveria contratar um estagiário de Direito para explicar a ele que não pode.
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