O deputado federal Luiz Couto (PT) revelou hoje de manhã ter recebido um telefonema com a revelação de que setores do crime organizado teriam articulado a deflagração de vários crimes no início deste mês para medir forças e causar um impacto negativo no recém iniciado governo de Ricardo Coutinho (PSB).
– Eu tive uma informação de uma pessoa que não quis se identificar de que há uma ação para desestabilizar o Governo de Ricardo Coutinho. Há policiais envolvidos nesta ação criminosa e eles querem dizer que têm força. Acho que as polícias e a sociedade devem se juntar para dar um basta na criminalidade. Houve um crescimento da violência na Paraíba. Uma pessoa me telefonou para dizer que estavam acontecendo mortes, com as motos pretas… características de grupos de extermínio que queriam dizer ao governador que têm força. Eles querem dizer que o governo veio para combater [o crime], mas que eles continuam atuando e querem colocar o governo numa situação difícil.
Couto criticou a sanção de José Maranhão à PEC 300 e disse que os projetos do ex-governador não têm força de lei. Para ele, a implantação do reajuste para os profissionais da Segurança Pública dependeria de uma votação no Congresso Nacional, sinalizando para a criação de um Fundo de Segurança Pública a partir do qual seriam pagos os reajustes.
Finalmente, o parlamentar negou hoje de manhã em entrevista aos jornalistas Nonato e Lenilson Guedes, na CBN João Pessoa, a crise instalada em setores petistas com o desligamento do vereador Jorge Camilo (PT) da Secretaria da Transparência Pública da Prefeitura de João Pessoa. O parlamentar alegou que a saída de Camilo se deu por vontade própria e para que ele se dedicasse a projetos pessoais.
– Ele quis voltar à Câmara. Ele tem trabalhado muito com os catadores de lixo e acha que não tinha tempo suficiente no Governo, já que tinha outras tarefas. Hoje, ele viajou a um evento em Salvador sobre essa questão.
Apesar da aparente paz em relação à gestão municipal, Couto não descartou a possibilidade de concorrer à Prefeitura em 2012:
– Esse é um momento em que não devemos discutir isso. Agradeço ao povo de João Pessoa que me deu 37.620 votos, mas acho que cada eleição é diferente. Precisamos agora dar apoio ao governador Ricardo Coutinho, à presidente Dilma. Essa questão vamos discutir internamente a partir do final do ano. Vamos ver o que é mais importante para o partido. Defendemos que na Paraíba possamos ter candidaturas próprias em diversos municípios e firmar alianças programáticas em outros. Não podemos ter o partido escanteado e nem aceitar humilhações. O PT deve aparecer como protagonista e não como escada.