Essa vai a pedidos dos mais velhos e para conhecimento dos mais novos leitores e seguidores do blog do Vava da luz
QUEM NÃO TEM DINHEIRO CONTA HISTORIA : Triste do Bicho que o outro engole (porvavadaluz)
Os anos eram 70 e o escriba aqui andava chegando bem perto da idade de Cristo.
À época, trabalhava eu como Supervisor da Construtora DUARTE que era uma empreiteira das Empresas fornecedoras de energia como a antiga SAELPA, CELPE, CHESF e por aí vai.
Muito bem, a DUARTE ganhou uma licitação para construir redes elétricas de baixa tensão lá pras bandas de São Vicente Ferrer, mas precisamente naquela região de FERVEDOURO que fica entre São Vicente Férrer e Natuba.
A bordo de um jeep willys overland , com um reboque atrelado e mais oito peões de grosso trato no seu interior, parti para bela e frutífera cidade de São Vicente Ferrer.
Em lá chegando fiquei hospedado na casa da Granja do DR Luis Guedes da Luz, meu primo, e conheci parentes como Alex dos Guedes Alcoforados, família que se misturou com os Da Luz.
Fiz muitas amizades boas e uma delas foi com Carlinho de Alberto Moura gente da melhor qualidade e que só me traz boas recordações.
Amizades sem discriminação, principalmente com as PUTAS onde passei a ser freqüentador assíduo da cabaré da cidade e esse é que mas traz boas recordações mesmo.
Raparigueiro de carteirinha, era terminar o expediente e correr para afogar as saudades no Cabaré ao som da radiola com Longplay de Silvinho, Nelson, e outros ídolos do momento.
E foi lá que ganhei fama de comer tudo e todos.
Levando uma cobra para comer com as MENINAS do cabaré, que pareceram mais umas mocinhas quando viam uma PIMBA pela primeira vez, do escândalo que fizeram, e choraram, e vomitaram e cuspiram e eu só matutando ; Vocês botam coisa pior na boca…
As meninas da vida, como eram chamadas à época, demonstrando ter grande influencia nas meninas da sociedade, e nos meninos também, espalharam o boato de que eu comia tudo na natureza, cobra, gato, cachorro, inclusive elas e outras coisitas mais.
E foi assim que meus colegas de trabalho e alguns amigos da cidade resolveram fazer um teste comigo marcando uma bebedeira em um clube lá da terrinha que ora me esqueço o nome e levando um tira gosto animal para minha degustação sem identifica-lo.
Era um domingo frio, mas ensolarado na pequena São Vicente Ferrer, ao dirigir-me para o local do encontro contemplava os parrerais, os laranjais, os bananais e matutava : Que lugar abençoado por Deus ! tanta fartura !
Ao chegar fui recebido com ovação, não que me jogaram ovos, mas com aplausos e patati e patatá.
Fui logo berrando : CADÊ A LAPADA DE CANA E O TIRA GOSTO ? que eu quero comer logo esse troço.
Foi ai que abriram uma garrafa de VODKA ORLOFF, meiaram um copo, e trouxeram numa bandeja um bichinho assado num forno com duas coxinhas gordas parecendo mais um pombo ou uma pomba.
Um silencio da gota se fez quando me viram emborcar a VODKA de um gole e rasgar a coxa do animal e mastigá-la com verocidade.
Uns cinco minutos se passaram eu mastigando o tira gosto que parecia mais ser feito de plástico e ou mesmo uma sola de sandália japonesa.
Conseguindo engolir o treco esbravejei: Sabor não tinha não , mas eu comi, agora digam o que foi que eu comi, digam ?
Como que tivessem planejado responderam em coro de uma só vez : VOCE ACABA DE COMER URUBÚ.
Não me fiz de rogado peguei a outra coxa e comi para surpresa dos presentes.
TRISTE DO BICHO QUE O OUTRO ENGOLE
Sou mais comer sem saber um Urubu , de que sabendo e tomar no…