Como pode Livânia e Daniel dizerem coisas opostas nos depoimentos sobre João?

Fui na coletiva do governador no Palácio e observei a reação dos jornalistas a cada pergunta imprensada que era feita pelos colegas e confesso que entrei descrente, achando que tinha sido convidado para uma renúncia, mas saí com outra impressão sobre o governador e atravessei a Praça dos Três Poderes convicto de que João Azevêdo fala a verdade e merece um voto de confiança da sociedade.
Vendo e revendo as falas de Livania e Daniel percebi uma contradição a corroborar com o que o governador sustentou na coletiva.
Livania teria dito a Daniel que João não simpatizava com Organizações Sociais (OSs) e que nem adiantava esperar que os contratos tivessem sequência.
Contraditoriamente, em seu depoimento, Daniel diz que sentou com João para tratar dos novos contratos. Nem Livania nem Daniel apresentam provas tipo áudio, vídeo, documentos.
Como pode uma contradição e desencontro desses se viabilizar verdade incontestável se já traz um ponto de interrogação em sua tese?
Não podemos e não devemos trazer nem o governador e nem ninguém para a vala comum da bandalheira flagrada nos diálogos marginais de Ricardo Coutinho e Daniel Gomes, se não tivermos de posse de provas irrefutáveis.
Essa de “ouvi dizer” ou “ela disse que ele disse” não prova nada sem os áudios, como os que encurralam Ricardo – esses sim incontestáveis.
João entrou na coletiva frágil e saiu forte, o governo amanheceu caído, até eu achava que a coletiva era para renunciar, e desci a escadaria do Palácio da Redenção com a certeza de que João Azevedo merece uma chance, pois todos somos inocentes até que se prove ao contrário e, até agora, não há provas contra João.
É o benefício e, na dúvida, não ultrapasse.
Dércio Alcântara